12 de setembro de 2024
Destaque • atualizado em 19/03/2021 às 11:52

Medidas restritivas não são “contra o comércio” mas para dar condição ao paciente lutar pela vida, alerta Caiado

Caiado volta a defender medidas restritivas (Foto: Reprodução/Redes SOciais)
Caiado volta a defender medidas restritivas (Foto: Reprodução/Redes SOciais)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) voltou a tecer críticas à quem minimiza a gravidade da pandemia e a situação catastrófica beirando o colapso da rede de saúde que o estado atualmente flerta. “Aqueles que acham que isto é, simplesmente algo, que não vai comprometer e que não vai levar uma situação de colapso às nossas estruturas hospitalares estão praticando um crime de omissão ou muito mais de conivência em não admitirem a gravidade do momento que nós estamos vivendo”, destacou o democrata nesta sexta-feira (19/03).

A declaração de Caiado foi dada na videoconferência que organizou para anunciar repasse emergencial de R$ 28 milhões para ações socioassistenciais em 237 municípios. No evento, além da titular da Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds), Lúcia Vânia estavam presentes quase todos os prefeitos dos municípios. Aos chefes municipais, o governador pediu maior rigor ao cumprimento das medidas restritivas e afirmou que o coronavírus tem forçado a tomar ações mais contundentes para conter a pandemia.

“Ninguém quer, isso que eu quero repassar a todos os senhores e senhoras, a tese de que um decreto fechou uma loja ou levou ela a sua condição de inviabilidade econômica, não é verdade. Quem provocou essa situação é o vírus. O que não podemos aceitar é que Goiás se transforme naquilo que nós assistimos em Manaus. O que está se pedindo à população é que nos dê 14 dias para nós avançarmos no isolamento social”, destacou.

Caiado também pediu para que os prefeitos transformam suas Unidades de Pronto Atendimento em locais para tratamento de pacientes contaminados com a Covid-19 e implantarem a Upa-Covid. “Pode ser uma estrutura menor, mas mais bem aparelhada. Vamos ter cada vez mais o cuidado de poder construir estruturas já que a demanda é muito alta e, aquilo que já construímos em Goiás e em 21 municípios, com mais de três mil leitos de UTI’s e enfermarias não são mais suficientes para suportar a demanda. Além disso, os colegas prefeitos e prefeitas estão vendo a dificuldade de ter uma equipe especializada para poder tratar os pacientes”, pontuou.

Saúde em exaustão

Caiado ressaltou que todo o setor de profissionais da saúde tem vivido uma sobrecarga emocional e psicológica fortíssimas. É hora das pessoas colaborarem. “Sem dúvida alguma, o setor da saúde ele está num momento difícil, já que a sobrecarga é enorme, o psicológico dessas pessoas indiscutivelmente está abatido, e nós temos aí, essa nova variante onde, numa UTI os que são intubados, 50% deles vão à óbito. 50% dos pacientes em leitos de UTI, nessa nova variante que forem intubados, 50% vão à óbito.”, pontuou.

E tornou a dizer que não se toma medida “contra a atividade comercial” e sim, agindo com responsabilidades. Pontuou que há muitas ‘mentiras’ e ‘inverdades’ sobre o assunto que não colaboram com a gestão da crise. 

“É hora de nós entendermos que as pessoas que acham que nós estamos tomando uma medida contra sua atividade comercial. Estão enganados, ou senão, usando de uma inverdade para querer imputar à cada um de nós, governantes que somos, com a responsabilidade que temos em buscar uma saída para que as pessoas possam ter dignidade no momento em que forem acometidas em um tratamento para não morrerem em condições que nós assistimos em várias capitais do Brasil”, destacou.

O cenário atual é calamitoso. “Hoje estamos num nível de contaminação extremamente elevado. Bem superior e já superamos o pior momento da primeira em contaminados e número de óbitos. Para tristeza nossa, Goiás ontem ultrapassou o número de 10 mil vidas perdidas. Aqueles que acham que isto é, simplesmente algo, que não vai comprometer e que não vai levar uma situação de colapso às nossas estruturas hospitalares estão praticando um crime de omissão ou muito mais de conivência em não admitirem a gravidade do momento que nós estamos vivendo.”, concluiu.


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