12 de setembro de 2024
Reivindicações

Médicos da SMS Goiânia anunciam nova paralisação de 24 horas nesta quarta (13)

O Simego afirma que a deliberação foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária Permanente realizada no dia 6 de março
Os atendimentos classificados como sendo de urgência e emergência serão mantidos, conforme a lei determina. (Foto: Divulgação).
Os atendimentos classificados como sendo de urgência e emergência serão mantidos, conforme a lei determina. (Foto: Divulgação).

Médicos vinculados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia anunciaram para esta quarta-feira (13) uma paralisação de advertência de 24 horas que irá se iniciar às 7 horas. O anúncio foi feito pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), que afirmou que a deliberação foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária Permanente realizada no dia 6 de março.

Segundo o sindicato, os gestores responsáveis pelas Unidades de Saúde Pública (Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia) não atenderam integralmente às pautas apresentadas pelos médicos. A desvalorização do profissional médico através da pejotização, falta de condições de trabalho e o atraso no pagamento das remunerações devidas aos médicos são as principais preocupações da categoria. O Diário de Goiás entrou em contato com a secretaria e aguarda retorno.

Os atendimentos classificados como sendo de urgência e emergência serão mantidos, conforme a lei determina.

Impasse nas contratações

O sindicato se posiciona de forma contrária à forma de contratação defendida pelo atual secretário de Saúde do município, Dr. Wilson Modesto Pollara. O Simego chegou a publicar uma nota de repúdio após declarações de Pollara em uma entrevista concedida pelo secretário à TV Anhanguera, na última quinta-feira (7).

Conforme divulgado pelo sindicato, Pollara destacou na entrevista que ao contratar uma Pessoa Jurídica, esta irá arcar com a responsabilidade de cumprir a escala médica das unidades de saúde, trocando profissionais que por algum motivo não puderam comparecer ao serviço. Porém, o sindicato alegou que o formato viola a decisão do Conselho Municipal de Saúde e irá despersonificar o atendimento médico.

“Neste tipo de contratação o médico será visto como mais um profissional que poderá ser trocado a qualquer momento, sem nenhum direito que garanta a sua segurança para exercer sua atividade. Os profissionais irão atuar todos os dias com receio de serem dispensados e perderem sua única fonte de renda, pois com uma simples decisão da PJ ele poderá ser retirado do quadro da escala da unidade de saúde sem nenhuma contrapartida”, consta a nota divulgada pelo Simego:

Histórico de reinvindicações

Vale lembrar que, em dezembro do ano passado, a categoria realizou uma paralisação de advertência também de 24 horas. Na ocasião, a presidente do Simego, Franscine Leão, informou que o ato foi realizado para a conscientização sobre a falta de condições de assistência à população.

Na época, as principais reivindicações estavam relacionadas com a falta de insumos. “Hoje têm faltado quase todos os insumos necessários para assistência ao paciente e inclusive receituários, agulhas, seringas, situações que são urgências e a gente já não tem mais como aguardar, pois a população está sofrendo com a falta de assistência, com a falta de suporte da secretaria”, revelou Franscine ao Diário de Goiás, em dezembro.


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