06 de janeiro de 2025
Saúde pública • atualizado em 05/12/2024 às 16:17

Médicos da Saúde Municipal de Goiânia anunciam paralisação de três dias a partir de segunda (9)

A paralisação, com duração de três dias, foi decidida em Assembleia Geral Extraordinária Permanente realizada no último dia 4 de dezembro

O Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (SIMEGO) informou, por meio de nota oficial, que os médicos credenciados pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) irão paralisar os atendimentos a partir das 7h da próxima segunda-feira (9). A paralisação, com duração de três dias, foi decidida em Assembleia Geral Extraordinária Permanente realizada na quarta-feira (4).

A SMS enviou nota em que contra-argumenta sobre a paralisação (leia ao final).

De acordo com o sindicato, a medida é uma resposta à falta de condições adequadas para o exercício da profissão e à irregularidade nos pagamentos. Entre as principais reivindicações estão o abastecimento de insumos, medicamentos e equipamentos médicos, além de melhorias na segurança e na infraestrutura para atendimento. Os profissionais também exigem a regularização do pagamento de remunerações e dos recolhimentos ao INSS, apontados como pendentes.

Mesmo com a paralisação, o SIMEGO garantiu que os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos, conforme prevê a legislação. O Diário de Goiás entrou em contato com a SMS Goiânia e aguarda retorno.

A voz dos médicos

A presidente do SIMEGO, Franscine Leão, destacou que a situação enfrentada pelos profissionais prejudica não apenas os médicos, mas também a qualidade do atendimento à população. “Sem insumos básicos, equipamentos adequados e com atrasos nos pagamentos, torna-se impossível oferecer um serviço digno. A paralisação é um ato necessário para chamar a atenção para a gravidade do problema”, afirmou

A categoria espera que a paralisação motive um diálogo mais efetivo com a gestão municipal, visando à solução das demandas apresentadas. A retomada dos atendimentos normais dependerá do avanço nas negociações durante o período de paralisação.

A paralisação deve afetar principalmente os atendimentos eletivos e ambulatoriais, com possível aumento na sobrecarga dos serviços de urgência e emergência. O SIMEGO ressalta que a decisão pela suspensão dos atendimentos foi tomada após tentativas de negociação com os gestores municipais.

Íntegra da nota da SMS

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), esclarece que todos os trabalhadores credenciados receberam os salários nesta quarta-feira (4/11). Informa também que, com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e da Procuradoria Geral do Município de Goiânia (CGM), a secretaria realizou compra, de entrega imediata, de insumos e medicamentos para abastecer as 13 unidades de urgência e emergência da rede municipal.

Foram adquiridos benzodiazepínicos, analgésico opioide, antibióticos, antialérgicos, antihistamínicos e corticoides. Entre os medicamentos que chegaram estão: Flumazenil, Fentanil, Cloreto de sódio 500 ml; Cefalotina; Ceftriaxona Sódica; Dexametasona; Dipirona Sódica; Prometazina; Cloridrato e Ampicilina. Entre os insumos estão luvas e abocath. Entre os insumos que chegaram estão: abocath e luvas. Um carregamento de gazes já tinha chegado no dia 19 de novembro e todas as unidades estão abastecidas.

Outras duas compras emergências – não verbais, mas com trâmite normal de até 30 dias – estão em andamento. Uma é para aquisição de insumos e outra para medicamentos para todas as unidades de saúde da rede municipal.


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