21 de novembro de 2024
Greve na saúde • atualizado em 07/11/2024 às 12:34

Médicos da rede municipal de Goiânia enfrentam atrasos e divergências nos pagamentos

Em resposta ao Diário de Goiás, a Secretaria de Saúde informou apenas que "o pagamento dos servidores credenciados foi efetuado nesta quarta-feira (6/11)"
Falta de pagamentos impactará os Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais) e as Unidades Básicas de Saúde (UBs) da capital goiana. (Foto: Freepik).
Falta de pagamentos impactará os Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais) e as Unidades Básicas de Saúde (UBs) da capital goiana. (Foto: Freepik).

Os médicos credenciados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia anunciaram uma paralisação por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (11). A informação foi divulgada em comunicado pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (SIMEGO). Em entrevista ao Diário de Goiás nesta quinta-feira (7), a presidente do sindicato, Franscine Leão, afirmou que os profissionais enfrentam sérias divergências nos pagamentos.

“A maioria dos médicos não recebeu os valores acordados em contrato, e alguns ainda não receberam seus honorários. Além disso, cerca de 80 profissionais ficaram sem pagamento nos meses de junho, julho e agosto”, afirmou Franscine Leão. Em resposta à reportagem, a Secretaria de Saúde informou apenas que “o pagamento dos servidores credenciados foi efetuado nesta quarta-feira (6/11)”. Segundo a presidente do sindicato, a situação tem gerado insatisfação e incerteza entre os médicos:

Não entendemos porque que ocorreu tanta divergência. Teve médico que recebeu metade da escala, teve médico que recebeu além da escala, está uma bagunça danada, não entendemos a lógica dos pagamentos até agora. Estamos aguardando para ver se até a data de hoje regulariza, porque alguns colegas ainda não receberam nenhuma quantia.

Caso a situação seja regularizada, Franscine afirmou que será convocada uma nova assembleia para decidir sobre a continuidade ou interrupção da greve. No entanto, a tendência é que a paralisação persista, devido ao conjunto de problemas enfrentados pelos profissionais, que vão além das questões financeiras. “O que temos ouvido nos grupos de WhatsApp é que os médicos credenciados não querem encerrar a paralisação, pois o problema não se resume à falta de pagamento, mas principalmente à falta de condições adequadas de trabalho”, explicou.

Não estão tendo nem soro fisiológico para poder hidratar os pacientes. Não é fornecido o aparato mínimo para poder prestar assistência de qualidade para a população.

A categoria tem realizado, de forma frequente, paralisações temporárias para alertar sobre a situação. Caso a greve se confirme, a decisão impactará os Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais) e as Unidades Básicas de Saúde (UBs) da capital goiana.


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