22 de novembro de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 09:49

Médicos anunciam suspensão de exames e cirurgias por falta de complemento na tabela do SUS

Saúde de Goiânia suspendeu a complementação de vários exames (Foto: Pref Gyn)
Saúde de Goiânia suspendeu a complementação de vários exames (Foto: Pref Gyn)

A Secretaria de Saúde de Goiânia deixou de fazer a complementação financeira de vários tipos de exames que são oferecidos por meio de prestadores de serviços a pacientes da rede pública da capital. A alegação é indisponibilidade financeira da prefeitura de Goiânia. Desta forma, será pago somente o valor da Tabela SUS. Em grande parte dos procedimentos, o valor da complementação é superior ao valor da tabela, cuja última atualização ainda é dos anos 1990. O Sindicato dos Médicos de Goiás realizou reunião na última quarta-feira (11), e foi deliberado pela paralisação dos serviços.

Os médicos que prestam serviços de diagnósticos de média e alta complexidade credenciados ao SUS por meio da SMS Goiânia decidiram pela não prestação de serviços em valores inferiores aos anteriormente praticados, ou seja, sem as verbas complementares previstas na Portaria SMS 093/2014. Caso as reivindicações não sejam atendidas, haverá a suspensão de todos os procedimentos de exames diagnósticos de média e alta complexidade executados em favor dos usuários que são assistidos na rede credenciada ao SUS a partir da zero da próxima quarta-feira (18).

Assim que a nova portaria foi divulgada, o Diário de Goiás procurou a Secretária de Saúde de Goiânia, Fátima Mrué. Ela afirmou que a administração municipal não tem dinheiro para pagar complementações de exames junto a prestadores de serviço. A secretária ainda havia dito que Fátima Mrué reconhecia que prestadores de serviços poderiam não aceitar a realização dos procedimentos pela tabela do SUS. Ela disse que instituições públicas e filantrópicas podem receber a população.

“O que pode acontecer é o fato de os prestadores que fazem os procedimentos, que são muitos, recusarem a fazer pelo valor da tabela oficial do Ministério da Saúde. Aqui na cidade temos grandes instituições públicas e filantrópicas que podem fazê-los sem o acréscimo da tabela”, destacou Fátima Mrué.


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