19 de novembro de 2024
Saúde

Médico fala a verdade sobre os benefícios do consumo do limão do dia a dia; confira

Apesar de haver ganhos com a ingestão do fruto, também há alertas sobre cuidados; entenda
Especialista afirma que o limão pode ajudar a melhorar a digestão ao estimular a produção de bile pelo fígado. (Foto: reprodução)
Especialista afirma que o limão pode ajudar a melhorar a digestão ao estimular a produção de bile pelo fígado. (Foto: reprodução)

Frequentemente há, na internet, a polêmica que envolve os benefícios do consumo do limão na dieta diária contra quem diz que é mito. Por isso, nada mais simples do que saber de um especialista qual é a verdade por trás da ingestão de uma das frutas mais consumidas no mundo. No campo da medicina nutricional, o Dr. José Israel Sanchez Robles, especialista em nutrologia, enfatiza a importância do limão como uma fonte robusta de vitamina C, além de ser repleto de outros antioxidantes.

É crucial ressaltar que o limão possui um histórico bem estabelecido de ser versátil nas diversas esferas culinárias, e também é reconhecido por seus potenciais benefícios à saúde humana. “Por muitos anos, o debate em torno das aplicações terapêuticas e cosméticas do limão tem sido um tópico de interesse considerável na comunidade médica. O fruto é particularmente valorizado por suas capacidades em auxiliar na digestão e fortalecer o sistema imunológico.”

“Mais ainda, o médico ressalta a eficácia dos antioxidantes encontrados no limão na neutralização dos radicais livres. Estes últimos são agentes oxidativos que aceleram o processo de envelhecimento celular e podem ser fatores contribuintes no desenvolvimento de doenças crônicas. Portanto, a contribuição do limão à saúde não deve ser subestimada, conforme evidenciado por sua versatilidade e potenciais benefícios multidimensionais”, diz o médico.

O especialista completa, ainda, que a acidez da fruta também pode ajudar a melhorar a digestão ao estimular a produção de bile pelo fígado. “A vitamina C, por sua vez, é conhecida por fortalecer o sistema imunológico, tornando o corpo mais resistente a infecções”, afirma.

Apesar disso, o especialista lembra que para pessoas com gastrite, problemas renais ou outras condições gastrointestinais sensíveis, o consumo do limão pode ser uma “faca de dois gumes”. “A acidez intrínseca do limão pode potencialmente irritar a mucosa gástrica, agravando assim os sintomas de condições gastrointestinais pré-existentes. Em vista disso, é importante realizar uma consulta médica prévia para avaliar a conveniência de incorporar o limão ou seu suco de forma contínua na dieta. Esta orientação é especialmente crucial para indivíduos que já enfrentam desafios relacionados à saúde digestiva ou outras condições médicas crônicas.”

Já para usar como um “remédio caseiro” para diversas condições, como resfriados e gripe, José Israel reforça que o limão, ingerido com água, em chás ou shots podem oferecer algum alívio sintomático, mas não pode ser um substituto de um tratamento médico adequado.

“A vitamina C também desempenha um papel crucial no fortalecimento e manutenção do sistema imunológico. Estudos indicam que este nutriente pode não apenas atenuar a duração de infecções respiratórias, mas também melhorar os desfechos clínicos em pacientes com condições graves, como a sepse. No entanto, é de suma importância abordar a questão do consumo responsável e informado de fontes dessa vitamina, como o limão. Apesar dos seus múltiplos benefícios para a saúde, o limão não está isento de contraindicações”, continua o médico.

Além dos riscos já mencionados de irritação da mucosa gástrica em pessoas com problemas gastrointestinais, é importante considerar o conteúdo de ácido cítrico da fruta. “Este ácido pode comprometer a integridade do esmalte dental quando o limão é consumido em grandes quantidades ou de forma contínua. Portanto, o equilíbrio e a moderação são fundamentais, e um parecer médico deve ser procurado antes de se fazer mudanças significativas na dieta, especialmente para aqueles com condições médicas preexistentes”, conclui o Dr José Israel.


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