25 de dezembro de 2024
Política • atualizado em 01/11/2020 às 20:10

Médico de Bolsonaro diz que se covid-19 for “bem tratada, não mata ninguém”

Bolsonaro e seus médicos. Imagem: divulgação/redes sociais da Presidência.
Bolsonaro e seus médicos. Imagem: divulgação/redes sociais da Presidência.

Um dos médicos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o cirurgião Antônio Luiz Macedo divulgou um áudio nas redes sociais em que ele diz que a vacina contra a covid-19 matou um brasileiro e que as pessoas não devem ser cobaias. À Folha de São Paulo, o médico confirmou que o áudio foi de sua autoria mesmo, segundo reportagem de Patrícia Campos Melo deste domingo (1/11).

“Pare de testar vacina, vacina não é para se testar, vacina é para se aprovar se os dados fornecerem segurança para o médico autorizar”, diz um trecho do áudio de cinco minutos divulgado em grupos de WhatsApp. O médico disse ainda que lamenta a morte do médico brasileiro. “Esse coitado desse médico de 28 anos que morreu tomando vacina”.

O Médico brasileiro que morreu vítima da covid-19 participava como voluntário nos testes da vacina de Oxford. João Pedro Feitosa tinha 28 anos e não é verdade que ele tenha tomado a vacina, na verdade ele tomou um placebo, que é uma substância que não tem efeito no organismo. Alguns voluntários tomam o placebo e outros tomam a vacina, é o protocolo dos testes de pesquisas para que se faça a comparação.

O médico também critica, sem citar nomes, políticos que queiram obrigar as pessoas a tomarem esta vacina criada pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. “Quem autoriza a vacinação não são leigos governadores, prefeitos ou quem quiser da rede pública, quem autoriza a vacinação é o médico do paciente, que é o responsável”.

Em outro trecho do áudio, ainda segundo reportagem de Patrícia Campos Melo, Luiz Macedo diz que tratando bem, a covid-19 não mata ninguém. “Se for bem tratada, não mata ninguém’.


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