À medida que as pessoas envelhecem, é natural e fisiológico que o corpo passe por mudanças como ganhar ou perder peso de forma mais fácil ou difícil. No entanto, a perda de peso involuntária em idosos é um sintoma que não deve ser ignorado. Quem alerta é o médico intensivista e especialista em nutrologia, José Israel Sanchez Robles.
“Não é algo que apenas afeta a estética, mas também está intimamente ligada à perda de funcionalidade e a uma taxa mais alta de mortalidade. A perda de peso involuntária em idosos pode ser multifatorial e muitas vezes está associada a uma série de condições subjacentes. Problemas nos dentes, próteses mal adaptadas e alterações no paladar, seja devido a fatores fisiológicos ou medicamentosos, podem levar à redução da ingestão alimentar”, explica o especialista.
José Israel reforça, ainda, que a perda de peso involuntária pode estar ligada a síndromes de má absorção, depressão, demência, diabetes, hipertireoidismo e até câncer podem contribuir para a perda de peso não intencional.
“A falta de suporte social adequada e o uso de medicamentos, mesmo que prescritos corretamente, também podem desempenhar um papel significativo nesse cenário preocupante. É importante ressaltar que medicamentos que visam abrir o apetite não são a solução definitiva, pois não abordam a causa subjacente da perda de peso”, continua o médico.
A conduta adequada diante desse desafio é uma abordagem holística, que considera todos os fatores mencionados anteriormente. “Otimizar a ingestão protéico-calórica, garantir a adequação das próteses dentárias, tratar condições médicas subjacentes e fornecer apoio emocional e social são passos essenciais para reverter a perda de peso involuntária em idosos”, afirma José Israel.
Além disso, o especialista diz que é fundamental que os idosos sejam acompanhados por profissionais de saúde capacitados que possam oferecer uma abordagem integrada e personalizada para garantir sua saúde e bem-estar a longo prazo.
“Todos os envolvidos no cuidado aos idosos – familiares, cuidadores, profissionais de saúde e autoridades governamentais – devem estar atentos para enfrentar esse desafio crescente. Ao agir de forma colaborativa e proativa, podemos garantir que nossos idosos recebam o apoio e cuidado que merecem, promovendo uma vida mais saudável e plena em todas as idades”, conclui o médico.
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