23 de dezembro de 2024
Vai e vem

MEC volta atrás na decisão e torna a bloquear a verba das universidades públicas

Em menos de seis horas, o MEC desbloqueou e depois voltou a cortar as verbas destinadas à manutenção das universidades federais
O MEC havia anunciado o novo corte no começo desta semana. Foto: Reprodução
O MEC havia anunciado o novo corte no começo desta semana. Foto: Reprodução

Depois de voltar atrás na decisão sobre o corte de verbas destinadas à educação superior, anunciadas na última segunda-feira (28), o Ministério da Educação (MEC) tornou a bloquear a verba no valor de R$ 344 milhões na tarde desta quinta-feira (1). O valor foi cortado pelo Ministério da Economia no final da tarde de ontem (1), seis horas após o anúncio da liberação.

No geral, o corte travou o repasse de R$1,4 bilhão para a Educação no país. Deste montante, R$ 344 milhões seriam utilizados na manutenção das universidades públicas. A rapidez na retomada dos cortes chamou a atenção, já que não foi possível utilizar a verba liberada para nenhum pagamento essencial.

De acordo com as instituições, os cortes orçamentários impactam o pagamento de serviços básicos das universidades, como contas de água, energia, limpeza e servidores terceirizados. Além disso, impossibilita o pagamento das bolsas dos estudantes, que necessitam da verba para se manterem na faculdade, com alimentação, moradia e remuneração por atividades prestadas, como monitorias e pesquisas.

Cortes Orçamentários na UFG

Segundo a reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG), Angelita Lima, a expectativa é conseguir finalizar o calendário letivo deste ano, pagando, ao menos, as bolsas. “Até este momento, para dezembro, vamos manter pagamento das bolsas, que é fundamental para os estudantes, e manter o restaurante universitário. Esperamos reaver esse recurso para que não tenhamos que fazer alguma interferência nesses benefícios”, pontuou a reitora em entrevista concedida à CBN Goiânia.

Os R$ 2,4 milhões, perdidos com o último bloqueio de verbas, somados aos R$7,8 milhões cortados em junho deste ano, chegam a R$ 10,2 milhões a menos para as despesas básicas da universidade. Por enquanto, a expectativa é tentar negociar com os fornecedores, responsáveis pelos serviços de limpeza, manutenção patrimonial, segurança, entre outros, e aguardar uma melhor situação para o ano de 2023.


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