Convenções estaduais de MDB, PSDB e PT oficializaram neste sábado (28), respectivamente, Paulo Skaf, João Doria e Luiz Marinho como candidatos ao governo de São Paulo.
Sem expor nenhuma imagem do presidente Michel Temer, a reunião emedebista buscou exibir uma imagem de diversidade.
A vice de Skaf é a tenente coronel da Polícia Militar Carla Basson. Maria Aparecida Pinto, conhecida como Cidinha, vao disputar o Senado. Mulher e negra ela é presidente do MDB Afro de São Paulo e exalta o discurso do combate à violência doméstica.
Outro nome feminino, o de uma figura de peso do partido, no entanto, a senadora Marta Suplicy, ainda permanece envolto em suspense.
Antes da abertura da convenção, no Clube Sírio, na capital, era o nome de Cidinha, e não o de Marta, que os militantes gritavam.
A outra vaga que o MDB paulista disputará ao Senado neste ano está reservada para a ex-petista, mas ela pediu até o próximo dia 4 para decidir se concorrerá ou não.
Ao lançar Carla Basson no início da semana, Skaf a descreveu como “moça de família boa” e “coronel suave”. Entre outros sinais da intenção de lançar sua chapa como a de maior diversidade, também estavam presentes representantes do movimento LGBT a jogadora de vôlei Tiffany, candidata a deputada federal.
“Só um homem com sensibilidade faria valer a voz das mulheres”, disse Cidinha em seu discurso que, assim como a fala da vice Basson, focou nas mulheres.
Também neste sábado, foi lançado o jingle do candidato. De ritmo acelerado e cheio de aliterações com o nome de Skaf, a música traz a mensagem “Skaf é compromisso, sua palavra tem valor”. O refrão pode ser interpretada como provocação ao rival João Doria (PSDB), que abandonou a Prefeitura de São Paulo para disputar o governo neste ano.
Skaf, que se licenciou da Fiesp para disputar a eleição, chegou à convenção acompanhado de Henrique Meirelles, pré-candidato à presidência pelo partido.
Meirelles pouco sorria enquanto a dupla foi conduzida por um cordão de militantes até o palco.
Já iniciado, depois de concorrer duas vezes ao governo paulista, Skaf transpirava, sorria muito, abraçava e beijava os militantes, diferentemente de Meirelles.
Quando chegou a sua vez de falar, Meirelles ensaiou uma dança tímida até ser puxado por Cidinha, que o fez remexer com mais desenvoltura num passo a dois.
Ao discursar, Skaf mencionou reportagem da Folha sobre a falta de coligação do MDB. “Isso não é verdade. Nos temos a melhor coligação. É a coligação do povo de São Paulo”, disse ele.
A convenção do PSDB começou mais tarde. Doria chegou a um centro de eventos na Barra Funda, em São Paulo, por volta das 12h.
Com o palco repleto de políticos dos partidos da coligação (PSD, DEM, PP, PRB e PTC), um vídeo abriu o ato comparando o estado em 1994, antes de o PSDB assumir o Palácio dos Bandeirantes. “Estava abandonado”, disse locutor para então narrar melhorias implantadas pelas gestões tucanas que assumiram desde então. O presidente do PSDB paulista, Pedro Tobias, foi na mesma linha. Afirmou que SP “estava quebrado” até que vieram os governadores tucanos, os quais nomeou um por um. Tobias excluiu apenas Alberto Goldman, desafeto de Doria que, em artigo na Folha, acusou-o de tê-lo excluído dos que poderiam discursar no evento.
A cantora baiana Gilmelândia, que canta o jingle da campanha em ritmo de axé, puxou o hino nacional. O cantor Leo, da dupla Victor & Leo, gravou outro jingle da campanha, este com pegada sertaneja.
Preso em Curitiba, o ex presidente Lula foi a estrela da convenção do PT que oficializou, também na capital paulista, a candidatura de Marinho. Também foram apresentados os candidatos do partido ao Senado, Eduardo Suplicy e Jilmar Tatto.
Lula foi mais citado e louvado que qualquer outro político presente no evento.
No início da convenção, Ana Estela Haddad, mulher do ex prefeito Fernando Haddad, leu uma carta enviada por Lula para a cerimônia em apoio aos candidatos de São Paulo.
“Eu queria neste momento olhar nos olhos de cada um de vocês, queria abraçar esses três guerreiros do povo paulista e brasileiro”, afirmou o ex presidente, referindo-se a Marinho, Suplicy e Tatto.
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