11 de agosto de 2024
Política

MDB oficializa neutralidade na eleição e independência no próximo governo

O presidente do MDB, Romero Jucá (RR), confirmou nesta quinta-feira (11) que o partido decidiu ficar neutro na disputa do segundo turno presidencial e vai liberar seus membros para apoiar Fernando Haddad (PT) ou Jair Bolsonaro (PSL).

Jucá também informou que, diferentemente do que foi feito nos últimos governos, o MDB não vai se atrelar à gestão do futuro presidente, adotando uma posição de independência.

A decisão sobre a neutralidade havia sido antecipada à Folha de S.Paulo pelo presidente do senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que participou de reunião no Palácio do Planalto com Jucá e o presidente Michel Temer na noite desta quarta-feira (10).

“Estamos tomando uma posição de neutralidade, estamos liberando os membros do MDB para votarem de acordo com a sua consciência e a sua conjuntura estadual”, disse Jucá.

O partido deve se dividir entre os candidatos no segundo turno. Antes mesmo da decisão, por exemplo, o MDB do Rio Grande do Sul decidiu que vai apoiar Bolsonaro.

Por outro lado, Eunício Oliveira já anunciou o voto em Haddad. O senador Renan Calheiros (MDB-CE) também apresenta posições alinhadas com o PT.

Em entrevista, Jucá disse que, a partir do ano que vem, o MDB vai discutir internamente cada projeto e votar de acordo com a posição do partido, sem ligação com o governo.

“O momento é outro. Essa prática de construir maioria com ministérios faliu, não é o caminho para se discutir o funcionamento do governo, eu não defendo o loteamento de ministérios”, disse. “Isso não deu certo no governo da Dilma, não deu certo no governo do presidente Michel Temer. Acho que o novo presidente já recebe uma lição, um exemplo negativo para construir com outra realidade”.

Depois de não conseguir ser reeleito, Jucá disse que é economista, conhece muito bem a política brasileira e pretende trabalhar nessas áreas.

“Vou trabalhar, eu vivo de salário. Diferente do que disseram na imprensa, eu não sou uma pessoa rica, pelo contrário”, afirmou.


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