23 de dezembro de 2024
Com tornozeleira

Mauro Cid é solto e tem acordo de delação premiada assinada por Alexandre de Moraes

De acordo com a informação o assunto o qual Mauro Cid irá delatar segue sob sigilo
Mauro Cid estava preso desde 3 de maio por suspeita de adulterar o seu cartão de vacinação, o de Bolsonaro e de outras pessoas da família. (Foto: reprodução)
Mauro Cid estava preso desde 3 de maio por suspeita de adulterar o seu cartão de vacinação, o de Bolsonaro e de outras pessoas da família. (Foto: reprodução)

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), homologou o acordo de delação premiada de Mauro Cid, o tenente-coronel ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento foi assinado neste sábado (9) e, com a decisão, o militar será solto, com a condição de usar tornozeleira eletrônica.

De acordo com a informação, divulgada pela GloboNews, o assunto o qual Mauro Cid irá delatar segue sob sigilo. Sabe-se, porém, que o tenente-coronel deve se afastar do cargo de oficial do Exército imediatamente, que seu porte de arma foi suspenso, o uso de redes sociais está proibido, assim como proibiram-no de sair do país.

“Obrigação de apresentar-se perante ao Juízo da Execução da Comarca de origem, no prazo de 48 horas e comparecimento semanal, todas as segundas-feiras […] O encerramento de inúmeras diligências pela PF e a oitiva do investigado, por três vezes e após ser decretada sua incomunicabilidade com os demais investigados, apontam a desnecessidade da manutenção da prisão preventiva, pois não mais se mantém presente qualquer das hipóteses excepcionais e razoavelmente previstas na legislação que admitem a relativização da liberdade de ir e vir para fins de investigação criminal”, escreveu Alexandre de Moraes, que, segundo a GloboNews, também afirmou que no atual momento das investigações não é mais necessário manter Mauro Cid preso

O descumprimento de qualquer uma das medidas alternativas impostas ao militar, porém, implicará na revogação da soltura e a volta dele para a prisão. Vale lembrar que, desde agosto, o advogado de Mauro Cid, Cezar Bitencourt, vinha afirmando que o militar iria confessar ter negociado nos Estados Unidos, a mando de Bolsonaro, as joias recebidas pelo governo brasileiro e que são alvo de investigação da PF.

Mauro Cid estava preso desde 3 de maio por suspeita de adulterar o seu cartão de vacinação, o de Bolsonaro, o de sua esposa, Gabriela Cid, e de outros membros de ambas famílias. Porém, mesmo preso por este motivo, havia também a investigação sobre a questão das joias.


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