30 de agosto de 2024
Investigações

Mauro Cid fala ou não? Ex-ajudante de Bolsonaro confirma intenção de delação premiada com a PF

Tenente-coronel teria confirmado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que quer fechar um acordo
Mauro Cid está está preso desde maio acusado de fraudar cartões de vacinação. (Foto: reprodução)
Mauro Cid está está preso desde maio acusado de fraudar cartões de vacinação. (Foto: reprodução)

Faz muitos dias que se especula sobre uma possível revelação vinda do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). Agora, a informação é de que ele teria confirmado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que quer fechar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF).

As informações, publicadas pela CNN, são divulgadas após presença de Cid no STF, quando foi recebido pelo juiz auxiliar Marco Antônio Vargas, que trabalha no gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Ainda de acordo com a CNN, Vargas recebeu um documento chamado termo de intenção, no qual Mauro Cid manifestou formalmente sua disposição em fechar um acordo.

Agora, para saber se a delação vai acontecer conforme a legalidade, vai depender da homologação por parte de Alexandre de Moraes. vale lembrar que a lei que trata da colaboração premiada permite que a PF negocie acordos diretamente com o investigado, sem a necessidade de anuência do Ministério Público.

Mauro Cid está preso desde maio, acusado de fraudar cartões de vacinação de integrantes da família Bolsonaro, mas é investigado pela venda ilegal de joias recebidas por comitivas presidenciais. Sobre os objetos, nos últimos dias do governo passado, o tenente tentou resgatar um kit de joias que o casal Michelle e Jair Bolsonaro havia recebido da Arábia Saudita. As joias, porém, ficaram retidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP).

Ainda sobre o pedido de delação premiada, a Polícia Federal já teria até mesmo aceitou fechar um acordo com Mauro Cid, segundo informações do g1. O Ministério Público Federal (MPF), porém, ainda precisa ser ouvido sobre quais as condições para o acordo ser firmado. Além disso, a delação premiada só passa a valer após homologação (aval) do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além disso, ainda de acordo com o g1, ao mesmo tempo em que houve o pedido de delação premiada, a defesa de Mauro Cid solicitou a liberdade provisória dele também em pedido ao ministro Alexandre de Moraes.


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