07 de agosto de 2024
Eleições 2024

Matheus Ribeiro critica sistema de tratamento do lixo em Goiânia e afirma ser necessário um novo projeto para solucionar a crise da capital

O pré-candidato à PrefeiDentre as necessidades, o pré-candidato citou a construção de um novo aterro sanitário e a criação de planos de descarte e tratamento dos resíduos, com foco na sustentabilidade
Foto: Diário de Goiás
Foto: Diário de Goiás

Após visita ao aterro sanitário de Goiânia, em desafio feito pelo prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), o jornalista e pré-candidato à Prefeitura de Goiânia pelo PSDB, Matheus Ribeiro, avaliou a crise do lixo na capital como um problema que decorre de várias gestões. Em entrevista ao Diário de Goiás, nesta quarta-feira (8), o político afirmou ser necessário o desenvolvimento de um novo projeto de coleta, tratamento e industrialização dos resíduos para solucionar o caso de forma definitiva.

“A crise que vivenciamos hoje na coleta de lixo tem uma responsabilidade da administração atual, mas é um problema que já decorre de vários anos e já passou por várias gestões. Na oportunidade em que eu estive no aterro e verifiquei que nada do que é coletado hoje nas ruas de Goiânia (1.300 toneladas de lixo por dia), que não recebe o tratamento adequado ao chegar no aterro, simplesmente é compactado no solo, jogado na natureza sem nenhum tipo de tratamento, eu fiquei espantado”, relatou. 

Matheus Ribeiro disse que o ideal seria chegar  em 2024 com 19% de coleta seletiva na cidade. O percentual, entretanto, é de apenas 6%, de acordo com o pré-candidato. “Em muitos lugares do mundo, lixo já é dinheiro, porque você deixa de vê-lo como lixo e passa vê-lo como e dá uma nova destinação e leva isso até as cooperativas reciclagens”, salientou.

Diante da afirmativa, Ribeiro avaliou a visita como uma oportunidade de iniciar um trabalho de construção de um plano de tratamento de resíduos para Goiânia, que possa ser efetivado junto à sociedade. “Nós temos várias iniciativas que podem ser adotadas para que isso aconteça. Primeiro, fortalecer a política dos ecopontos até possibilitando com que o cidadão leve os resíduos que são recicláveis para lá e que converta isso em benefícios fiscais, por exemplo, que a destinação de resíduos que possam ser reciclados e converta-se em desconto de impostos municipais”, ponderou, com a afirmativa de que esse é um ponto que será incluso em seu plano de governo. 

Outra iniciativa considerada fundamental por Ribeiro é o estímulo à criação de cooperativas de trabalhadores para a realização de tal tratamento, além da construção de um novo aterro sanitário. “Hoje não há uma previsão dessa área pública. Não há um um um projeto em andamento para que isso aconteça. Mesmo com todas as medidas que já foram abordadas com o Ministério Público sendo executadas, a vida útil do nosso aterro sanitário é de apenas 17 anos”, explicou. 

“O local onde hoje é depositado o lixo já tem mais de 45 anos, não suporta mais a capacidade do que é produzida em Goiânia. E nós temos questões elementares, o transbordo do aterro está interditado há dois meses por conta de um problema numa bica. Então, nem o chorume está sendo tirado desse lixo que chega lá. É um é um projeto que que necessita de ousadia e de coragem para ser construído junto à sociedade”, salientou Ribeiro.

O pré-candidato à administração municipal destaca a implementação de um modelo econômico, que seja participativo. “Eu acredito muito no modelo de cooperativas, afinal de contas você passa a ter uma lógica que não visa somente o lucro, mas sim que você beneficia também os seus cooperados. Por isso que o nome do nosso do nosso movimento é ‘Goiânia tem coragem’, porque a gente quer recorrer à sociedade e buscar inspirações onde essas soluções já foram encontradas”, pontuou, com a afirmativa de não ser uma tarefa fácil.

“Nessa jornada de pré-campanha, eu vou me aprofundar cada vez mais no entendimento desse assunto, na resolução desse problema, afinal de contas se fosse uma solução fácil, já tinha sido aplicada, mas pra que nós consigamos plantar as sementes que possam germinar no futuro e, mais que isso, construir as bases de um trabalho inicial para que a nossa cidade deixe de estar fedida, que é o que acontece hoje”, concluiu o político.


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