A aposentadoria de Nico Rosberg pode trazer Felipe Massa de volta ao grid da F-1 na próxima temporada. Como a Mercedes está jogando todas as suas fichas em ter o ex-companheiro do brasileiro, Valtteri Bottas, como substituto do campeão do mundo, o piloto, que também anunciou que estaria deixando a categoria ao final de 2016, pode fazer um surpreendente retorno. A informação é do jornal “L’Equipe”.
Para ceder Bottas, a Williams receberia cerca de 10 milhões de euros de desconto no fornecimento dos motores da Mercedes, o que é mais do que o acordo atual com o finlandês, que fica na casa dos 8 milhões. Porém, o empecilho é o temor do time de não ter um piloto experiente para ser companheiro do novato Lance Stroll, que tem apenas 18 anos e está pulando diretamente da F-3 para a F-1, além dos demais candidatos mais ‘rodados’ estarem sob contrato. Por isso, segundo a publicação francesa, a equipe inglesa teria procurado seu ex-piloto, com quem manteria negociações “avançadas”.
Massa garantiu que a falta de vagas no mercado de pilotos influenciou pouco em sua decisão de aposentar, tomada em meados deste ano e anunciada no GP da Itália, em setembro. Porém, naquele momento o piloto sabia que sua permanência na Williams era quase impossível e que teria de correr por times menores.
“Para falar a verdade, o mercado influenciou um pouco, mas foi muito pouco”, disse Massa à época. “Eu nem fui atrás de saber o que estava acontecendo no mercado. O Nicolas [Todt, seu empresário] tentou, até por vontade dele, mas nem conversei com a Williams de continuar.”
Todt chegou a sondar possibilidades com a Renault e a Haas, mas isso não interessava a Massa. “O Nicolas conversou um pouco com a Renault e teve algum contato com a Haas. Lógico que eu tinha uma noção do mercado, mas acho que teve uma influência muito pequena. O que veio mais forte foi a decisão que surgiu dentro de mim.”
A possibilidade de liderar a Williams, contudo, pode mudar a situação. Massa inclusive afirmou que, nos últimos meses, vinha ajudando o time no projeto do carro da próxima temporada, em que a Fórmula 1 passará por uma extensa mudança de regras. “Lógico que no que eles precisarem de mim, eu vou ajudar. E eles estão me mantendo a par do que está sendo feito”, afirmou o piloto em outubro.
NASR
Caso o retorno de Massa se confirme, a notícia não é das melhores para Nasr. Com a Mercedes fechada com Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, e a Williams com o brasileiro e Lance Stroll, o chefe do time alemão, Toto Wolff, voltará a negociar a ida de seu protegido, Pascal Wehrlein, para a Sauber, diminuindo consideravelmente as chances de permanência do brasiliense.
É importante para Wolff encontrar uma vaga para Wehrlein para evitar manchar a carreira de seu protegido, que já foi preterido em negociação com a Force India e, pela falta de experiência, não foi o escolhido para a vaga de Rosberg.
Outra possibilidade, tanto para Nasr, quanto para Wehrlein, seria a Manor. O time está em processo de venda e precisa de pilotos que tragam aporte financeiro. As duas vagas na equipe que foi a última colocada do campeonato de 2016, além do lugar na Sauber, são as vagas ainda não preenchidas para o ano que vem além, é claro, do cockpit da Mercedes.
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