A candidata da Rede, Marina Silva, rebateu nesta sexta-feira (14) o vice de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão (PRTB), e disse que qualquer mudança na Constituição sem uma assembleia constituinte é “uma forma de golpe”.
“Qualquer coisa que não seja pelo voto soberano da sociedade elegendo seus constituintes, é querer estabelecer uma constituinte mediante uma forma de golpe”, disse, durante caminhada em Taguatinga, região administrativa do
Distrito Federal. “Na democracia, a Constituição é mudada legitimamente por representantes eleitos da sociedade.”
Na quinta (13), Mourão defendeu que o país faça um novo texto constitucional para substituir o de 1988, que completa 30 anos. De acordo com o general, foi a Constituição que deu início à crise pela qual passa o país.
Para ele, o processo ideal envolveria uma comissão de notáveis, que depois submeteria o texto a um plebiscito, para aprovação popular -algo que não se enquadra nas hipóteses previstas em lei.
Os textos constitucionais que não passaram por representantes eleitos pela população foram os de 1824, 1937 e 1969, todos em períodos em que o Brasil passava por regimes autoritários.
“A nossa democracia é a melhor forma de resolvermos os nossos problemas, de encontrar as nossas soluções”, afirmou Marina Silva. “Nem arroubos de saudosismo autoritários e nem qualquer outra coisa, este é o momento de os brasileiros serem guiados pela Constituição.” (Folhapress)
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