13 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:32

Mariana Ribas é nomeada secretária do Audiovisual do MinC

A ex-secretária-executiva do Ministério da Cultura Mariana Ribas é a nova secretária do Audiovisual da pasta. A nomeação foi publicada no “Diário Oficial da União” desta sexta (16).

Ela assume o cargo após o produtor Alfredo Bertini pedir demissão na semana anterior e ser exonerado também nesta sexta.

Diretor do festival pernambucano Cine-PE, o ex-secretário foi nomeado ao posto pelo ex-ministro Marcelo Calero, que também pediu demissão no mês passado e foi substituído por Roberto Freire.

Ex-diretora da RioFilme, Ribas era um dos nomes cotados para assumir a diretoria da Ancine (Agência Nacional do Cinema) com a iminente aposentadoria de Manoel Rangel, cujo terceiro mandato encerra em maio.

Polêmicas

Com Bertini no cargo, sendo o responsável pelo estabelecimento de diretrizes ao audiovisual, a secretaria do Audiovisual protagonizou uma série de polêmicas.

A primeira delas envolveu a demissão de funcionários do Ministério da Cultura, em julho. À época, Ribas afirmou que o plano, divulgado como uma “reestruturação” da pasta”, era o de “promover uma seleção entre servidores concursados”. Após exonerar a cúpula da Cinemateca, o ex-secretário escolheu Oswaldo Massaini Filho para o cargo de coordenador-geral da instituição.

Após a publicação de um manifesto de repúdio e da divulgação, pela Folha, de que Massaini responde a um processo por estelionato, o órgão voltou atrás e readmitiu Olga Futemma para o posto.

A segunda controvérsia se deu com o filme “Aquarius”, dirigido pelo conterrâneo de Bertini, o recifense Kleber Mendonça Filho. Foi o ex-secretário quem nomeou os membros da comissão que escolheu “Pequeno Segredo”como representante brasileiro no Oscar.

Entre os jurados, Bertini chamou o comentarista de cinema Marcos Petrucelli, que já havia atacado o protesto anti-impeachment feito pela equipe de “Aquarius” no Festival de Cannes.

A nomeação, antecipada pela Folha, gerou suspeitas no meio cinematográfico de que “Aquarius” estava sendo retaliado politicamente por causa do protesto: três diretores retiraram seus filmes da disputa em apoio ao filme de Kleber, e dois membros abandonaram a comissão.

Folhapress

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