O governador Marconi Perillo viabilizou nesta sexta-feira (15/12), em reunião com o presidente de Furnas, Ricardo Medeiros, a transferência definitiva da Vila Furnas, em Caldas Novas, para os moradores das cerca de 500 unidades habitacionais do conjunto. O conselho da estatal, ainda proprietária do residencial, vai se reunir na semana que vem para formalizar o acordo, resultado de luta histórica de Marconi e do prefeito de Caldas, Evandro Magal.
O acordo prevê a transferência das casas para o Governo de Goiás e, posteriormente, para os moradores. A vila foi originalmente construída para abrir os funcionários que trabalharam na construção da Usina de Corumbá. Com o fim das obras, no final dos anos 80, os trabalhadores contratados para a obra deixaram o local e parte das casas foi vendida para famílias remanescentes ou ocupada por moradores da região. Furnas chegou a conseguir na Justiça, em 2013, a reintegração das moradias, com ordem de despejo obtida na Justiça.
Marconi e Magal atuaram junto a Furnas e ao governo federal para evitar o despejo e abriram as conversações para viabilizar a transferência. Com o acordo, o Governo de Goiás e a Prefeitura de Caldas Novas vão promover a regularização das unidades, com a transferência do título de propriedade para os moradores. Desde a ocupação após o término das obras da Usina de Corumbá, boa parte das casas também foi vendida para outros moradores.
Situada no rio Corumbá, distante cerca de 30 km da cidade de Caldas Novas, a Usina de Corumbá tem potência instalada de 375 MW, dividida em três unidades geradoras. As obras foram iniciadas em 1982, pela Celg e depois transferidas para Furnas, em 1984. Na ocasião, as obras estavam paralisadas e só foram reiniciadas em junho de 1987, quando o nível máximo do reservatório foi limitado à elevação de 595 metros.
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