23 de dezembro de 2024
Política

Marconi vai a CPI de surpresa, mas não presta depoimento

Uma surpresa. O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), foi nessa terça-feira (29), a CPMI que investiga a rede de influência do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mas Perillo não prestou depoimento. A informação é do site de notícias Uol.

Lei a reportagem na íntegra:

 

Governador de Goiás aparece de surpresa em CPI, mas não depõe

 

Minutos depois de a CPI do Cachoeira desviar de uma tentativa de convocação de governadores citados em conversas e negócios com o contraventor, um dos citados, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), compareceu de surpresa à comissão nesta terça-feira (29). A jornalistas, o goiano disse estar tranquilo apesar das acusações contra ele. Aos parlamentares, acabou não dizendo nada.

“Tenho minha vida limpa, estou tranquilo. Pedi ao procurador-geral da República para ser investigado há quase dois meses”, disse Perillo depois do encerramento da reunião da CPI. “Estou aqui espontaneamente para prestar esclarecimentos”, acrescentou o governador, que acabou se reunindo apenas com membros do seu partido.

Perillo disse ter entrado em contato ainda pela manhã com o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), que teria descartado o depoimento do governador porque a reunião desta tarde seria administrativa, apenas para aprovação de requerimentos – um deles, para ouvir o próprio Perillo.

Além de Perillo, outros dois governadores são suspeitos de ter relações com aliados de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira: Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sergio Cabral (PMDB-RJ).

Nos bastidores, oposicionistas afirmam que a vinda de Perillo aumentaria a pressão sobre Agnelo e Cabral. Já os governistas alegam que não teriam preparo anterior para questionar o governador goiano.

Segundo a investigação da Polícia Federal, Perillo pode ter vendido uma casa no valor de R$ 1,4 milhão não ao dono de uma faculdade, como o tucano chegou a alegar, mas sim a Cachoeira. De acordo com as investigações da operação Monte Carlo, três cheques, sendo um de R$ 600 mil e outros dois de R$ 400 mil, teriam sido entregues no Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano.

O governador já afirmou que o comprador seria o empresário Walter Paulo, que confirmou a transação. O inquérito, no entanto, aponta para três cheques assinados por Felipe Ramos, sobrinho de Cachoeira. (Uol)


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