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O governador Marconi Perillo respondeu nesta quarta-feira (8) ao vivo, com transmissão pela internet, às perguntas de internautas sobre o andamento das ações e programas do governo de Goiás. É mais uma edição do Governador Responde, a primeira em tempo real do quadro, implantado por Marconi como parte das ações para ampliar a transparência da administração estadual.
Os internautas tiveram a oportunidade de enviar em tempo real as perguntas ao governador. Esta é a 23ª edição do Governador Responde, quadro concebido pela Assessoria de Mídias Sociais do governador como parte da ações para ampliar a transparência da atuação do Governo de Goiás. Garantir o máximo acesso do cidadão ao planejamento e à execução da administração é determinação de Marconi e prioridade do Programa de Governo.
Leia o bate-papo na íntegra:
Pergunta: Quando o Passe Livre Estudantil será estendido aos demais municípios goianos?
Resposta: A primeira preocupação nossa era garantir os benefícios e cumprir esse compromisso para os estudantes da Região Metropolitana de Goiânia, que é a região mais densamente povoada do Estado. Nós temos um plano de começar a estender para o interior do Estado, especialmente para as maiores cidades. Já está sendo planejada uma ação em Anápolis, Catalão e às outras. Mas esse benefício já atende mais e 60 mil estudantes universitários independentemente de serem de escolas públicas ou privadas. Amanhã vamos ter um evento onde vamos fazer o lançamento de mais uma etapa do Programa Passe Livre Estudantil no Palácio Pedro Ludovico Teixeira com a presença de aproximadamente 1,5 mil pessoas. É mais um dos nossos compromissos que faz parte da rede de proteção social com foco de beneficiar estudantes e outras pessoas, não só os mais vulneráveis, mas o coletivo de estudantes do nosso Estado.
Pergunta: Os resultados das reuniões feitas com prefeitos eleitos poderão ser sentidos a partir de quando?
Resposta: Hoje mesmo já recebi 16 prefeitos, cada um individualmente. Recebi as reivindicações de todos eles e hoje completei 206 prefeitos recebidos desde que tomaram posse ou desde que foram eleitos nas últimas eleições. Estou recebendo prefeitos de todos os partidos, de forma suprapartidária, demonstrando o caráter republicano e nosso comprometimento com as causas e demandas da sociedade. As solicitações e os pedidos são os mais variados, muitos na área de saúde, educação, segurança pública, mas fundamentalmente na área de infraestrutura. As cidades, de uma maneira geral, estão com muitos problemas em relação à pavimentação, precisam de mais asfalto, recapeamento, reconstrução, além de pedidos de habitação, construção de moradias, melhorias habitacionais através do Cheque Comunitário. Estou anotando e digitando tudo. Já preparamos os encaminhamentos para as Secretarias e, a partir de agora, depois que eu concluir essa rodada com todos os prefeitos, os 246, vou definir os valores dos convênios e o que será possível atender em cada cidade. Há uma boa vontade nossa e também já há o comprometimento de recursos para convênios, especialmente na área de infraestrutura e saúde. Também uma parceria já firmada entre o governo estadual, Agehab, Secima e a Caixa Econômica Federal, com o objetivo de atacarmos o déficit habitacional em Goiás. Nessas parcerias com os prefeitos, colaborando com os terrenos, a Caixa Econômica com os financiamentos e o governo de Goiás com o Cheque Moradia, queremos reduzir do déficit em residências em pelo menos 30 mil. Esse programa faz parte do Programa Goiás mais Competitivo e nós estamos reunindo periodicamente com vistas a trazer os prefeitos para essa parceria, a fim de atendermos essa demanda, que é muito importante.
Pergunta: A privatização da Celg D é boa para Goiás e para os consumidores?
Resposta: Essa decisão não foi só do governo federal, mas também do governo estadual, uma decisão minha e de todos que colaboram com o governo. O governo de Goiás ainda é proprietário de 49% das ações da Celg D, mas desde o início de 2012 a Celg D é administrada pelo governo federal, por diretores indicados pela Eletrobras e pelo Ministério de Minas e Energia. De lá para cá, todas as diretorias foram indicadas pela Eletrobras. Nós indicamos, no primeiro momento, um diretor e agora indicamos dois diretores. O que posso dizer é que essa privatização será benéfica sim, apesar de muitos terem tentado passar a impressão de que não seria benéfica, a verdade é que será benéfica, sim. A Celg há muito tempo não dispõe de recursos para fazer novos investimentos, para atender as demandas reprimidas da sociedade, do setor industrial, dos serviços, do comércio, indústria e, principalmente, do agronegócio e das pessoas, das famílias que precisam melhorar a qualidade da energia consumida. O fato é que muitas vezes as pessoas perdem qualidade nos equipamentos que têm em casa, geladeira, televisão, liquidificador, por falta de uma energia de boa qualidade. E o que nós queremos é assegurar isso. Com a privatização, os compradores que são da Itália, uma mega multinacional italiana, a Enel, tem a obrigação contratual de investir nos próximos três anos R$ 3 bilhões para melhorar a energia, construir novas subestações, linhas de distribuição. Eles terão que gastar R$ 1 bilhão por ano durante os próximos três anos. Imagine o que vai representar de atendimento em termos de eletrificação rural, que ainda temos uma demanda. Já fizemos demais, mais de 90% das propriedades rurais de Goiás já tem esse atendimento, mas ainda faltam famílias; e atendimento principalmente na melhoria da energia para o consumo e expansão industrial, e consequentemente a geração de empregos. Nesta semana vamos assinar o contrato com a Enel. O governo de Goiás, além disso, ainda vai receber cerca de R$ 1 bilhão por conta da venda e esses recursos também serão investidos em benefícios para a sociedade nas áreas de educação, saúde e infraestrutura.
Pergunta: Quando começa o investimento em habitação?
Resposta: Temos um levantamento que nos dá bastante a dimensão sobre o que é o déficit habitacional em Goiás. O grosso do déficit está nas grandes cidades, entorno de Goiânia, Anápolis e Entorno de Brasília. Mas temos cidades que, segundo as estatísticas, não tem déficit, algumas que temos menos de 50 casas por município, outras mais de 50 casas. Vamos atacar primeiro essas cidades que precisam de menos casas para que o déficit seja gerado. Mas vamos concomitantemente trabalhar com todas. Queremos continuar investindo forte em parceria com a Caixa Econômica, que é o maior parceiro do governo de Goiás. Aliás, o governo de Goiás é o maior cliente da Caixa Econômica Federal no Brasil e isso facilita muito nosso entendimento e nossa ação conjunta. E trabalhar com os prefeitos para que mais moradias sejam edificadas nas cidades grandes e também trabalhando para zerar mais rapidamente o déficit nas cidades menores. Estou conversando com todos os prefeitos. A direção da Agehab e da Caixa Econômica em Goiás também estão conversando com os prefeitos, a fim de acelerarmos providências no sentido de concluirmos os convênios, viabilizarmos os terrenos e começarmos esse programa. Já fizemos muito. Mais de 200 mil famílias foram atendidas com Cheque Reforma para melhorar as casas. Dezenas de milhares de famílias foram atendidas com o programa Habitar Legal, ou seja, com a escrituração e registro das casas, dos imóveis que não eram registrados e que eram considerados ilegais. E também, ao longo desse tempo, investimos demais na construção de novas moradias. Neste ano, isso não está em plano de governo, não é promessa, é meta que estabelecemos com os municípios. Vai depender muito de os municípios terem terrenos, mas é a meta que estabelecemos com a Caixa Econômica Federal para 2017.
Pergunta: O senhor se candidatará a presidente da República?
Resposta: Todos nós temos um sonho de servir cada vez melhor ao Estado e ao país, mas eu confesso que não tenho colocado esse assunto como prioridade. Acho que o tempo para discutir a eleição de 2018 será em 2018, especialmente no começo de 2018. Ainda estamos muito empenhados na superação da mais grave crise econômica que passou no país em toda sua história. Estamos muito empenhados no controle rigoroso do nosso ajuste fiscal e financeiro para que o Estado de Goiás não chegue a situações de colapso como chegaram outros estados no Brasil. Afinal de contas, em todo esse período que eu lidero o Estado de Goiás, nós nunca tivemos atraso de pagamento de pessoal, de folha de salário. Os aposentados sempre receberam em dia. Em 12 anos do tempo em que eu governei, os funcionários sempre receberam antes do mês vencendo. Agora, parte recebe antes do que estabelece a lei e outra parte, dentro da lei; ou seja, rigorosamente em dia. As obrigações do Estado, com segurança, saúde, educação, que implicam em gastos bilionários todos os anos também estão em dia. Então, nosso grande esforço, nossos grandes ajustes, nossos planos de austeridade são nesse sentido, garantir que o Estado de Goiás continue funcionando, pelo menos daquilo que depende do Estado, do governo, Vapt Vupt, Procon, Bombeiros, Polícias, educação, saúde, nossos hospitais, e funcionando bem para atender bem as pessoas. É claro que problemas a gente tem aqui e acolá. Volta e meia aparece um problema que a gente nem está sabendo porque o Estado é muito grande, mas nós temos tido um foco muito grande para ir melhorando cada vez mais as estradas, com o Rodovida Manutenção, Reconstrução, Construção. E o mais importante: nós passamos dois anos com o pé no freio, com muita economia, muita austeridade para suportar o peso da crise, mas este é um ano em que vamos investir bastante. Acho que vamos investir bem mais do que a média nacional. A previsão é de investir pelo menos R$ 2 bilhões este ano nas áreas de educação, saúde, segurança, habitação, saneamento básico e principalmente infraestrutura de transportes. Também convênios com todas as prefeituras que quiserem trabalhar com o governo do Estado.
Pergunta: Como foi a participação do governador Geraldo Alckmin no Fórum do Brasil Central e como o Estado de São Paulo pode ajudar em Goiás?
Resposta: Minha relação com o governador Geraldo Alckmin é antiga. Durante todo o tempo em que ele foi governador de São Paulo, eu também fui governador de Goiás. Nós estabelecemos uma relação de cooperação conjunta. Aliás, Goiás tem uma relação histórica com São Paulo. Foram os bandeirantes paulistas que vieram para cá para civilizar nosso Estado, nosso território. De lá para cá muita coisa foi feita em comum. Uma notícia que o governador Geraldo Alckmin trouxe na semana que passou foi a que de ele está autorizando o início de uma obra de R$ 300 milhões para o derrocamento de uma parte da hidrovia do Paranaíba, Tietê-Paraná, que é uma hidrovia que escoa grande parte da produção do Centro-Oeste, principalmente de Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Esse é um investimento que vai ser feito exclusivamente pelo governo de São Paulo, mas que vai beneficiar demais o Porto de São Simão e a hidrovia do Paranaíba. A outra [notícia] é que estabelecemos uma série de convênios com os governadores do Brasil Central, principalmente, em relação à sustentabilidade ambiental, a parques com apoio do setor privado e parcerias também em outras áreas, principalmente nas áreas de gestão. Nós, governadores, temos o hábito de trocarmos informações de apresentarmos uns aos outros as boas práticas e boas experiências que realizamos em cada Estado. Ele disse que sou decano, que sou mais antigo porque tenho quatro mandatos – ele também tem – e nós, felizmente, temos conseguido muita cooperação em São Paulo e Goiás. Não dá para desconhecer que São Paulo é a locomotiva do Brasil, o Estado mais forte e nós só temos a ganhar quando temos uma relação desse nível com o Estado de São Paulo. Felizmente tenho uma relação muito boa com os outros Estados e outros governadores também.
Pergunta: Como você vê a perspectiva da economia em 2017?
Resposta: Algumas pessoas já trabalham há algum tempo no Brasil de forma fixada nessa tese da queda da taxa de juros. Uma delas é o dr. José Alves, que é o presidente da Adial Brasil. Ele tem um estudo que apresenta em nossos Fóruns, muitas reuniões que ele participa, que a redução das taxas de juros impacta primeiro, e a gente sabe disso, nas contas dos governos estaduais por conta da dívida externa que é paga em juros. Depois, essa redução terá um impacto muito grande na retomada do crescimento econômico, da atividade econômica, consequentemente na retomada dos empregos. O grande desafio do Brasil daqui para frente será empregos. E eu conversava isso muito com o governador Geraldo Alckmin, que nós não vamos ter problema de energia no mundo, especialmente por conta das fontes novas de energias alternativas, renováveis, limpas. Não vamos ter, tampouco, problema com a falta de alimentos. Temos muita água, não teremos problema de energia e temos países, como o Brasil, propícios para a produção de alimentos. O que vai faltar no mundo cada vez mais será emprego, por causa da automação, das tecnologias avançadas que são agregadas hoje à produção e à mão-de-obra tecnológica. Então, a máquina vai substituindo a mão-de-obra. E a medida que temos taxas elevadas de juros e a atividade econômica cai, nós temos mais um problema em relação a emprego, por isso que o Brasil está com cerca de 18 milhões de empregos identificados ou ainda não identificados, mais uma porção de milhões de empregados que estão no subemprego. O problema do juros é que temos no Brasil uma espécie de círculo vicioso. Nós dependemos de dinheiro externo para poder garantir o déficit orçamentário e financeiro do governo federal todos os anos. Este ano foi mais de R$ 150 bilhões de déficit. Para que o governo cubra esse déficit, esse rombo, precisa tomar dinheiro emprestado. E para o capitalista, financista que empresta dinheiro só compensa se as taxas de juros forem atrativas, têm que ser altas. E o Brasil não pode diminuir as taxas de juros porque depende desse capital, porque ele não faz as reformas. Como ele não faz as reformas e o gasto público é cada vez maior, ele depende cada vez mais de dinheiro e juros alto para cobrir o déficit. Então, o trabalho é diminuir as taxas de juros fazendo as reformas, ao mesmo tempo, mantendo a inflação abaixo da meta. Hoje temos uma condicionante, que favorece a redução dos juros que é a inflação abaixo da meta. Então, se esses pressupostos todos acontecerem, com certeza, vamos ter uma trajetória este ano bastante favorável em relação aos juros, chegando ao final do ano com um dígito de taxa de juros, que ainda é muito alto, se comparado com outros países do mundo, mas já será alvissareiro para a retomada do crescimento econômico, consequentemente para vislumbrarmos a retomada dos empregos.
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