20 de novembro de 2024
Política

Marconi diz que fez sua parte para que Goiás não entrasse em colapso nessa crise nacional

“Fiz minha parte para que Goiás não virasse um Rio de Janeiro”, comentou o governador Marconi Perillo sobre a aprovação do Programa de Austeridade pelo Crescimento do Estado de Goiás, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). “São medidas estruturantes, pensadas para longo prazo. Queremos viabilizar o futuro, para que Goiás continue crescendo e liderando a geração de emprego no País”, explicou. A sanção das leis pelo governador deve ocorrer ainda nesta semana, assim que o Legislativo as remeter ao Executivo.  

Na última quinta-feira, os deputados goianos aprovaram projetos de leis de autoria da Governadoria que promovem cortes no número de comissionados e de despesas com gratificações e diárias, além de promoverem o aumento da contribuição previdenciária de servidores e que estabelecerem contribuição das empresas que recebem incentivos fiscais. Goiás se tornou o primeiro Estado brasileiro a aprovar medidas com o objetivo de combater a crise econômica e financeira que atravessa o País. “São medidas estruturantes e necessárias”, afirmou Marconi.

Esta não é a primeira vez que o Estado se torna pioneiro na promoção de cortes com o objetivo garantir a vitalidade dos cofres públicos. Em 2014, meses antes da crise econômica e financeira eclodir no País, Goiás foi o primeiro Estado a tomar medidas de austeridade. Por determinação de Marconi, foi reduzido o número de secretária de 16 para 10, também de de cargos comissionados, e revisados contratos. “Graças a essas medidas conseguimos manter uma agenda de investimento e o pagamento da folha em dia”, afirma Marconi.

Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, no entanto, enfrentaram dificuldades em 2016, como atraso do pagamento da folha, que os levaram a decretar situação de calamidade financeira. No início de dezembro os governadores dos 26 Estados da Federação mais o Distrito Federam firmaram pacto com o presidente da República, Michel Temer, para promoção de um ajuste fiscal. Goiás apresentou sua proposta no dia seguinte, sendo o primeiro Estado a encaminhar a Legislativo.

Análise – A secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, diz que os resultados financeiros colhidos pelo Governo de Goiás em 2015 e 2016 validam o acerto e a tempestividade das ações implementadas por Marconi desde o final de 2014. “Em função do ajuste implementado pelo Governo – e ao contrário dos Estados de RJ, MG e RS – Goiás em nenhum momento atrasou salários, deixou de pagar a sua dívida com a União ou cogitou decretar estado de calamidade financeira”, afirmou a secretária em nota pública em sua página pessoal do Facebook.

Segundo ela, Goiás optou pelo caminho do ajuste, adotando ações duras, mas necessárias, que garantiram ao povo goiano a normalidade e a qualidade nas ações do Estado. “Hoje, Goiás colhe os frutos de um ajuste que nos tirou da trajetória de colapso que acometeu nos pares citados e busca consolidar o equilíbrio fiscal e a retomada dos investimentos públicos com ações adicionais de austeridade”, observa ela.

Ana Carla afirma que o Pacote de Austeridade pelo Crescimento vai garantir resultados melhores às contas públicas: “Goiás não só registrou superávit primário positivo em 2015, como também o fará em 2016 e potencialmente em 2017, revertendo uma trajetória de deterioração fiscal, contrariamente ao que se verificou em quase todos os Estados”.


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