Na visita às instalações da Agência de Inovação e ao novo prédio do Hospital das Clínicas da UFG, o governador Marconi Perillo comentou sobre a fuga dos detentos do regime semiaberto do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, pontuou as medidas que vem sendo tomadas na área de segurança pública e falou ainda dos grandes investimentos feitos nos últimos anos pelo Governo do Estado no setor.
Disse que “se tivéssemos mais presídios de segurança máxima os líderes dessas facções não estariam juntos com os demais presos”. Ele entende que o grande problema do sistema prisional brasileiro são as facções criminosas: “O PCC está presente em mais de 30 presídios em Goiás e no Brasil inteiro. Quando alguém mexe no quintal deles, eles reagem, como aconteceu em nosso Estado. Nós estamos investindo muito em inteligência, se não fosse isso nós não teríamos tido problemas em dois presídios, mas em 20 presídios. Graças à ação preventiva e à inteligência nós conseguimos evitar um problema maior”.
O governador relatou que as obras de construção de seis novos presídios em Goiás “estão em fase de conclusão”, e que eles vão gerar mais “duas mil vagas”. No ano passado, o Tesouro Estadual investiu mais de R$ 3 bilhões em segurança, o que representa 14% do orçamento do governo. “Mas é preciso que haja uma cooperação do Governo Federal. Em 2011, nós investíamos pouco mais de R$ 1,4 bilhão”, pontuou.
O efetivo de profissionais que trabalham diretamente na segurança pública, seja nas ruas, investigações ou diretamente nos presídios, foi ampliado, de 2015 para cá, “em quase seis mil homens e mulheres”, além da contratação, no ano passado, “de aproximadamente 1 mil agentes prisionais concursados”. Marconi lembrou que o Governo de Goiás “conseguiu derrubar uma liminar que proibia a contratação de temporários para a segurança, e isso mostra que a nossa parte está sendo feita”.
À frente do Governo do Estado, ele tem reivindicado, nos últimos anos, a participação mais efetiva do Governo Federal nos problemas relacionados à segurança. “O Departamento Penitenciário Nacional, do Governo Federal, conta com R$ 12 bilhões de recursos, que estão contingenciados, permanentemente, para a formação de superávit primário, e esse dinheiro deveria estar sendo aplicado em presídios”, voltou a questionar. Assinalou ainda que “os estados estão sozinhos com os gastos com o sistema penitenciário, tudo está nas costas dos estados” e voltou à carga falando da necessidade de haja recursos carimbados no Orçamento Geral da União para a área da segurança, como existe para a educação e a saúde.
Em Goiás, Marconi criou o COD, “que é o Comando de Divisas, já presente em 23 de 25 pontos previstos”. Nos últimos três anos o COD apreendeu “mais de 60 toneladas de drogas, isso só nas fronteiras de Goiás”, finalizou o governador.
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