Está em tramitação na Assembleia Legislativa de Goiás, a Proposta de Emenda Constitucional relativa ao teto de gastos. Parte do sindicalismo público cobra mudanças no projeto. Protestos foram realizados esta semana. Houve pedido para uma flexibilização de pontos da matéria. Questionado sobre o assunto, o governador disse que se houver revisão da PEC, o Estado poderá enfrentar problemas.
“Se nós formos rever a PEC dos gastos, vai chegar um momento em que alguém não vai pagar salários, vai chegar a um ponto em que aposentados não vão receber. Estou tomando estas medidas corajosas, audaciosas de austeridade, para garantir direitos, para garantir a quem vai se aposentar ou já está aposentado receba rigorosamente em dia os salários, garantir que o 13 º continue sendo pago no mês do aniversário, como sempre fiz em todos os meus governos”, destacou.
Marconi Perillo disse ainda que a revisão da PEC poderá resultar em problemas na manutenção dos serviços essenciais realizados pela administração pública. “Se há algo que não posso ser acusado é de ter atrasado salários, são quatro mandatos de salários rigorosamente em dia. Além das obrigações que o estado tem. Não é brincadeira manter 3 mil viaturas da Polícia Militar funcionando todos os dias, 17 grandes hospitais funcionando, 1,2 mil escolas, rodovias com manutenção e conserva, construção de casas, saneamento básico, cultura, meio ambiente, enfim os gastos da máquina pública são muito elevados”, destacou.
O governador voltou a dizer que se não for feito algo agora, Goiás poderá ficar no futuro na situação semelhante dos outros estados brasileiros.
“É preciso ser mais racional, sensato, corajoso, se a gente quiser não entrar na situação de colapso de outros estados grandes do Brasil. Não podemos brincar com a situação econômica e tampouco com as dificuldades enfrentadas pelos estados. Nós temos um déficit com aposentados na área da Polícia que é a metade do déficit, porque os coronéis estão se aposentando muito novos. A lei de previdência não é uma lei estadual, é uma lei federal. A medida em que temos mais gastos com a previdência, à medida que temos mais gastos que não são da nossa responsabilidade, mas são impostos aos governos estaduais, a situação vai se agravando. Chega um dia que alguém não vai fechar a conta. Eu não quero que me culpem. Eu tenho feito a minha parte para que a situação de Goiás seja mais estável do ponto de vista fiscal e financeiro”, relatou.
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