O governador de Goiás, Marconi Perillo, defende que o PSDB não participe com cargos em um eventual governo comandado pelo vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB). Mesmo sem indicação de postos na administração federal, o chefe do poder Executivo goiano argumenta que é importante que os tucanos deem apoio numa possível gestão Temer.
Marconi Perillo ressaltou que o PSDB tem quadros importantes e que poderia sim fazer parte do governo. No entanto, ele defende que o partido dê apoio no congresso e em outras situações, mas sem indicação de cargos.
“Isso não depende de mim, isso vai ser avaliado. Eu acho que deve apoiar no congresso independente de ter quadro ou não. O PSDB tem bons quadros. Eu acho que se o PSDB puder colaborar com quadros qualificados é importante também, mas eu não entraria neste mérito, uma coisa é apoiar outra é ter cargos, eu defendo apoio”, destacou.
Para o governador é preciso união das forças políticas, pois o Brasil se encontra no fundo do poço do ponto de vista político e econômico.
“Temos vivido profunda crise moral, institucional, nós temos uma democracia consolidada. Defendi que meu partido, o PSDB colabore com um eventual governo do vice-presidente Temer. O Brasil se não tiver um grau de unidade maio não chega até 2018, nós estamos no fundo do poço em termos de economia e de política também. É preciso todos dar as mãos para que o Brasil possa se revigorar, atravessar esta crise. Se o Temer for guinado a presidência, precisa fazer um governo de transição e levar o Brasil a um porto seguro e pra isso vai precisar de todo mundo”, explicou.
Meirelles na Fazenda
O governador ainda comentou sobre a possibilidade do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles em assumir o comando da política econômica nacional, ou seja, estando a frente do Ministério da Fazenda.
Perillo destacou que o Brasil ganha, por ele ser uma pessoa respeitada no mundo inteiro e que possa ajudar a tirar o país da crise.
“Pra nós nada melhor do que isso, não só para nós goianos, para o Brasil. Henrique Meirelles é um dos mais qualificados desta área no mundo. É um homem respeitado. Se ele for convidado e aceitar, vai ser muito bom para o Brasil”, opinou.
Papel de Goiás
Em relação ao papel de Goiás na contribuição a ser dada para que o Brasil saia da crise, o governador argumentou que o Estado fez o seu papel ao enxugar gastos. Ele argumenta que por mais esforços que tenham sido feitos, é preciso que a economia se recupere rapidamente.
“Goiás fez o seu dever de casa. Por mais que nós tenhamos conseguido cortar a gente tem dificuldades, porque a economia parou. Quando a economia para as pessoas vão sendo desempregadas. À medida que as pessoas não têm dinheiro para comprar, o Estado arrecada menos, aí não há planejamento, não há previsibilidade que suporte. Por isso que estou torcendo para que esta crise passe logo”, explicou.
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