22 de novembro de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 00:11

Marconi afirma que prisões de presidentes do PSDB e da Saneago foram desnecessárias

Para o governador, algumas pessoas têm medo de que o modelo de gestão dê certo. (Imagem: TVDG)
Para o governador, algumas pessoas têm medo de que o modelo de gestão dê certo. (Imagem: TVDG)

A prisão do presidente do diretório regional do PSDB de Goiás, Afrêni Gonçalves Leite, e do presidente da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago), José Taveira Rocha, são desnecessárias, disse nesta sexta-feira (26) o governador de Goiás, Marconi Perillo. O chefe do Executivo disse que não existem provas de envolvimento direto do nome dele e nem do governo do estado no desvio de recursos da empresa estatal goiana.

“Não há uma vírgula, um centavo que possa estabelecer um nexo entre o governo de Goiás, a campanha do PSDB de Goiás e recursos da Saneago”, disse Perillo ao sair de reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

O governador descartou a possibilidade de que as investigações cheguem até ele ou a diretores da Saneago. “Não estou sendo acusado de nada e não há nada chegando perto de mim. Não há nenhuma possibilidade, nem [que as investigações cheguem] aos diretórios da Saneago”, rebateu o governador ao ser questionado se as investigações da Operação Decantação, da Polícia Federal, estariam se aproximando dele.

De acordo com Perillo, os acusados poderiam ter prestado esclarecimentos à Polícia Federal sem terem sido presos. “Eles não precisavam nem estar presos. Bastava chamá-los para prestarem depoimentos para serem indagados em relação àqueles fatos. Não vejo nenhum fato que possa suscitar essa possibilidade. As prisões foram desnecessárias”, disse.

Deflagrada na quarta-feira (24), a Operação Decantação, da Polícia Federal, prendeu, em caráter temporário, os presidentes do PSDB-GO, da Saneago e mais duas pessoas. A operação também cumpriu 11 mandados de prisão preventiva. Feita em parceria com o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle e o Ministério Público Federal, a operação investiga o desvio de R$ 4,5 milhões da estatal goiana.

Segundo a Polícia Federal, os recursos desviados são do Programa de Aceleração do Crescimento e de financiamentos do BNDES e da Caixa Econômica Federal e eram usados para pagamento de propinas e dívidas de campanhas políticas. A investigação apontou fraudes em licitações de obras de saneamento em Goiás, por meio de uma empresa de consultoria contratada pela Saneago que favorecia a contratação de empresas responsáveis por doações eleitorais.

Pedido de ajuda

Perillo participou de uma reunião entre governadores do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste com o ministro da Fazenda para discutir medidas de ajuda às três regiões. Os governadores discutiram a concessão de garantia para os estados buscarem operações de crédito no sistema financeiro nacional e em organismos multilaterais e o pagamento do ressarcimento das perdas com as exportações.

A equipe econômica, no entanto, não respondeu ao pedido de uma ajuda emergencial pedida pelos governadores do Norte e do Nordeste, nos moldes do aporte de R$ 2,9 bilhões recebido pelo Rio de Janeiro em junho.

Com informações da Agência Brasil

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