Além de manter em dia a folha do funcionalismo estadual e garantir os serviços essenciais nas áreas de educação, saúde e segurança pública, o governador Marconi Perillo afirma que as medidas adotadas pelo Governo Goiás para aplacar os efeitos da crise econômica nacional no Tesouro Estadual têm entre as prioridades o atendimento às demandas dos prefeitos. Nas diversas entrevistas que deu durante a semana, Marconi disse que o Estado tem atuado para manter as parcerias com os municípios, apesar das dificuldades fiscais resultantes da queda da arrecadação, reflexo da queda no consumo das famílias em tempos de crise.
Em entrevista a jornalistas de rádios de nove cidades da Região Norte, o governador afirmou esta semana que o governo do Estado antecipou-se à crise nacional, criando uma estrutura para manutenção da máquina. Ele diz aguarda a solução da crise para voltar a fazer investimentos, por ora o Estado prioriza o pagamento da folha dos servidores e os serviços essenciais. Apesar das dificuldades financeiras geradas em função da crise nacional, o governador reforçou o compromisso de estar sempre com as portas de seu gabinete abertas para atender as demandas dos prefeitos, sem qualquer reserva de natureza político-partidária.
Marconi voltou a ressaltar que Goiás vive uma situação econômica equilibrada, bem diferente de outros Estados da Federação, como por exemplo o Rio de Janeiro, que enfrenta graves problemas na área da Saúde e os servidores e aposentados estão sem receber. “Minha experiência me levou a enxergar em 2014 que teríamos uma crise sem precedentes na história do Brasil em 2015 e 2016”, afirmou o governador, ao ressaltar que fez em 2014 a maior reforma administrativa da história do Estado.
Na reforma, destacou Marconi, foram eliminados cerca de 10 mil cargos comissionados, com redução do número de secretarias para dez. Todas essas economias, frisou, possibilitaram que o Estado atravessasse 2015, “apesar da maior crise econômica da história do Brasil”.
Na entrevista, o governador falou de obras específicas para a Região Norte. Disse que nos últimos quatro anos priorizou a reconstrução da malha viária do Estado, como exemplo a ligação Porangatu-Novo Planalto-São Miguel do Araguaia, além da manutenção dos programas sociais e econômicos. Assim que houver um desfecho da crise política, afirmou Marconi, novas tratativas serão feitas com o governo federal na perspectiva da viabilização de recursos, por meio de operações de crédito ou de privatizações. “No momento de crise tão grande como essa não dá pra gente pensar em investimentos”, frisou.
Segundo o governador, tão logo o Estado tenha recursos, será retomado o trabalho de reconstrução e de conclusão de rodovias. Uma das obras estratégicas para a Região Norte, enfatizou, é a ligação Porangatu-Montividiu do Norte, e também o trecho de Bonópolis a Cruzeiro.
Mara Rosa e Uruaçu, Marconi previu a ampliação das parcerias com as duas administrações municipais. Como houve mudança no comando administrativo da cidade, o governador afirmou que deve falar com os novos gestores nos próximos dias, na perspectiva de firmar convênio com o hospital municipal. Quanto à Rodovia dos Bois, informou que as obras serão retomadas como o Estado tiver acesso a novas operações de crédito.
Em relação à Uruaçu, o governador explicou que tão logo o Estado retome a capacidade de investimentos, serão retomadas as obras de construção do Hospital de Uruaçu. “Quero repetir que este hospital será entregue neste meu governo”, frisou. Marconi falou ainda o cronograma de obras para Uruana e Carmo do Rio Verde, como foco na reconstrução de rodovias.
O governador falou ainda de obras estaduais em outras duas importantes cidades da região: Goianésia e Ceres, que integram o Vale do São Patrício. Em Goianésia, além das parcerias na área da Saúde, Marconi prometeu terminar as estradas que estão iniciadas pra Jucelândia e Codora, pra Malhador, também concluir o Credeq e o AME. Em Ceres, um dos compromissos da administração estadual, ressaltou Marconi, é a instalação de uma unidade do Vapt Vupt.
Marconi tem dito que as portas do Palácio das Esmeraldas estarão sempre abertas para os prefeitos. “Tem prefeito que vem aqui toda semana. Eu já autorizei, por exemplo, no passado, vários ofícios a um prefeito. Aí voltei à cidade, e ele me disse que não tinha andado nada do que eu tinha autorizado. Perguntei onde estavam os ofícios, e ele disse que estavam em sua gaveta. Aí não tem jeito. Os líderes precisam correr atrás para viabilizar”, finalizou.
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