27 de dezembro de 2024
Leandro Mazzini

Maracutaias derrubam coligação de Agnelo no DF

Os eleitores do Distrito Federal enterraram o governo do PT. Pesaram as fortes suspeitas de maracutaias, em especial a de superfaturamento do Estádio Mané Garrincha, com R$ 2 bilhões em obras. O governador Agnelo amargou um vexatório 3º lugar. O ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa, que tentou a Câmara, também não se elegeu. É alvo do MP por tentar superfaturar aparelho fisioterápico em R$ 3,5 milhões. Também dançou o candidato ao Senado Magela (ex-secretário de Habitação). Magela prometeu a eleitores um mega Minha Casa, Minha Vida, mas queria prédios num terreno do DF cedido há 30 anos para a Embrapa, sua principal sede de pesquisas.

Desgaste

Com o desgaste de Agnelo, dois outros ficaram no caminho para a Câmara Federal: o ex-secretário de Segurança Sandro Avelar, e Patrício, ex-presidente da Câmara Distrital.

Falta grave

Durante a Copa, para não fazer feio para o mundo, Agnelo priorizou recursos para o evento e interrompeu o repasse para entidades de tratamentos a dependentes químicos.

Nem sopa

Com a derrota de Agnelo, a face oculta da situação do DF veio à tona: Falta comida para servidores em 16 hospitais porque fornecedores não recebem há meses.

Rombo

Como antecipou a Coluna, há indicativos entre gabinetes do Palácio Buriti de que as contas em atraso de fornecedores do governo do DF somam R$ 1,3 bilhão.

Violência em SC

O cenário de caos na segurança em Santa Catarina pré-eleição teve o cerne há dois anos com o assassinato da esposa de um diretor do presídio. Em retaliação, com forte suspeita de mandante de dentro da cadeia, os detentos tiveram direitos cortados – como visitas. Aos advogados, alguns presos relataram que houve tortura de encarcerados.

Momento feliz

Pr. Everaldo tem dito a aliados que um dos momentos mais felizes de sua campanha foi o dia em que palestrou para 400 CEOs convidados do BTG Pactual, a pedido do banqueiro André Esteves. Ele, um ex-servente de pedreiro, falou para os executivos.

Baixa no Senado

Apenas dois senadores do PT foram eleitos – no Pará e no Rio Grande do Norte. Para quem almejava Rio, Minas etc, é muito pouco. E o partido perdeu um em SP: sai Suplicy e entra o tucano José Serra.

Uai, sô!?

Aécio na TV dizia: ‘Se você quer algo parecido (com o governo Dilma), vote na Marina’. E propunha seu voto como mudança. Agora, o tucano sonda apoio de Marina.

Pimenta nos olhos..

O Candidato do PSDB ao governo de Minas Pimenta da Veiga teve mais votos no Estado que o candidato à presidência Aécio Neves. Para explicar o fiasco em Minas, ‘Aecistas’ espalham que Pimenta foi imposto pelo ex-presidente FHC.

Vítima da sombra

Aécio foi vítima da própria sombra em MG, com o propalado sucesso de sua gestão: não fez ninguém à sua altura pós-Anastasia. Pimenta estava fora de Minas há anos, com escritório de advocacia em Brasília. Foi visto como um forasteiro pelos mineiros. E ainda citado como suspeita de receber propina no mensalão mineiro.

Raios X

Em Tupã (PR), o senador reeleito Álvaro Dias obteve surpreendentes 92,45% dos votos válidos, com 4.361. Ricardo Gomide (PCdoB) conseguiu 226 (4,85%) e o bilionário Marcelo Almeida (PMDB), 90 votos (1,91%).

O povo paga

Saiu barato para o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Além de solto, viajou de jatinho da PF – merecia um camburão no trecho Curitiba-Rio – e agora terá escolta 24 horas da PF por sua segurança, durante um ano.

On the road

Investindo nas redes sociais 24 horas e rodando Goiás numa picape, em cuja carroceria fazia comícios, Delegado Waldir (PSDB) foi eleito federal com mais de 270 mil votos.

Da arquibancada

Gomide, o comunista derrotado para o Senado, será agora candidato a presidente da Federação Paranaense de Futebol.

Ponto Final

Minas lançou outro prato na sua peculiar culinária: Tomate com Pimenta. (Sobre a fruta atirada no meio da testa de Pimenta da Veiga numa carreata)

Com Equipe DF, SP e Nordeste


Leia mais sobre: Leandro Mazzini