23 de dezembro de 2024
Cidades

Manifestantes do MST fazem reivindicação pela reforma agrária em Goiás

Aproximadamente 100 manifestantes do Movimento Sem Terra (MST), que acampam a Fazenda Monjolo, em Turvelândia, e Bacabá, em São Miguel do Araguaia, invadiram a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na manhã desta terça-feira, 16, reivindicando celeridade no processo de reorganização da estrutura fundiária em Goiás.

Os trabalhadores, que aguardam a regularização dos assentamentos há 17 anos, foram ouvidos pelo superintendente do Incra, Jorge Tadeu Jatobá, que prometeu uma resposta concreta sobre a divisão das terras até a próxima sexta-feira, 19.

A expectativa dos acampados é que o projeto produtivo, apresentado por eles, seja aprovado viabilizando a regulamentação das propriedades. No caso de os pedidos não serem atendidos, os trabalhadores prometem ocupar a sede do Incra em Goiás e em Brasília por tempo indeterminado.

“Hoje o que foi feito foi uma ocupação relâmpago. Estamos manifestando nossa preocupação com esta situação que acumula 17 anos. É muito tempo acampado em barracas de lonas, sem condições dignas para os trabalhadores. Se a burocracia perdurar, e o Governo Federal não priorizar a reforma agrária em nosso país, vamos ocupar o Incra em Goiás e em Brasília até algo ser, de fato, feito”, declarou o secretario da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Goiás, Luiz Pereira Neto, ao Diário de Goiás.

Um pré-acordo já foi realizado determinando a divisão do terreno. Questões burocráticas envolvendo a demarcação de cada território estão protelando a efetivação do assentamento.

Hoje, mais de 250 famílias aguardam pela reforma agrária nas regiões de Turvelândia e São Miguel do Araguaia. Em nota, o Governo Federal ressaltou a atenção da presidente Dilma Rousseff (PT) aos projetos de divisão de terras e garantiu agilidade na solução cobrada pelos acampados. 


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