28 de agosto de 2024
Protesto • atualizado em 05/07/2022 às 17:35

Manifestação com agressão a funcionários do restaurante da UFG resulta em suspensão do atendimento

Protesto teria sido motivado por fatores como condições inadequadas de higiene do RU e corte do subsídio para alunos de pós-graduação, que agora devem pagar R$ 11,00 pelo almoço e jantar e R$ 6,12 pelo café da manhã
Após manifestação, RU do Campus Samambaia não funcionará nesta terça-feira (05/07) (Foto: Divulgação UFG)
Após manifestação, RU do Campus Samambaia não funcionará nesta terça-feira (05/07) (Foto: Divulgação UFG)

Uma manifestação realizada nesta segunda-feira (04/07) no Restaurante Universitário (RU) do Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG) resultou na suspensão do atendimento do restaurante ao público desde a noite de segunda-feira (04/07). A Associação de Pós-Graduandos da UFG alega que a manifestação objetivou lutar contra as condições inadequadas de higiene do RU, grandes filas em decorrência de poucos funcionários, corte do subsídio para alunos de pós-graduação – que agora devem pagar R$ 11,00 pelo almoço e jantar e R$ 6,12 pelo café da manhã – e também pelo valor cobrado, o qual afirma ser o mais caro do Brasil. 

Procurada pela reportagem, a Reitoria da UFG informou que está tomando as providências cabíveis para que o funcionamento do RU Samambaia, interrompido pela empresa desde ontem à noite, seja retomado o quanto antes. Além disso, ressaltou que os demais estudantes da UFG, com o curso sediado no Câmpus Samambaia, contemplados com a isenção total das refeições, podem ser alimentar, no valor de até 20 reais por refeição e apresentar nota fiscal nominal, de forma presencial na PRAE até o dia 25 de julho para obter ressarcimento. Confira o comunicado na íntegra: 

NOTA

A Reitoria da UFG informa que no dia 4/7 ocorreu uma manifestação no Restaurante Universitário (RU) no Câmpus Samambaia. Por conta da situação, a empresa Vogue suspendeu o atendimento ao público desde a noite de ontem.

A UFG está prestando todo o apoio para que estudantes de baixa renda que dependem dos serviços do restaurante tenham a sua alimentação garantida.

Vale ressaltar que a Reitoria da UFG está tomando as providências cabíveis para que o funcionamento do RU Samambaia, interrompido pela empresa desde ontem à noite, seja retomado o quanto antes.

Os estudantes indígenas e quilombolas que possuem isenção total das refeições devem procurar o Espaço de Convivência, onde a Secretaria de Inclusão irá prestar as orientações quanto a alimentação de hoje, 5/7.

A UFG ressalta que o Restaurante Universitário do Câmpus Colemar Natal e Silva está com o funcionamento normal.

Ressaltamos que os demais estudantes da UFG, com o curso sediado no Câmpus Samambaia, contemplados com a isenção total das refeições, podem ser alimentar, no valor de até 20 reais por refeição e apresentar nota fiscal nominal, de forma presencial na Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) até o dia 25 de julho para obter ressarcimento.

Por fim, a Reitoria da UFG informa que realiza continuamente pesquisa sobre a qualidade dos serviços prestados pela empresa Vogue. A PRAE tem por rotina notificar a empresa das necessidades de adequação, a partir da fiscalização realizada diariamente pelo Serviço de Nutrição. A Pró-Reitoria está à disposição de toda a comunidade acadêmica pelo email: [email protected].”

E, de acordo com informações apuradas pelo Diário de Goiás com fontes próximas à Universidade, várias reclamações da UFG com relação à empresa, responsável pela gestão do RU, têm sido feitas, o que seria uma forma de a UFG segurar os preços que a empresa quer cobrar pelas refeições. 

Por outro lado, segundo garantiram as fontes, pelo lado da empresa, haveria uma intenção do rompimento do contrato e participar de uma nova disputa de edital, uma vez que a respectiva empresa não estaria conseguindo obter a margem de lucro esperada com a prestação dos serviços. 

“O medo da Universidade agora é que a empresa use dos fatos ocorridos para justificar uma ruptura unilateral do contrato, e caso isso venha a acontecer, os estudantes poderão ficar sem RU por pelo menos 4 meses, até passar todo o processo licitatório e outra empresa assumir os serviços”, apontou a fonte à reportagem do Diário de Goiás. 

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Entenda

No início do mês de junho, UFG informou, por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), que os valores das refeições oferecidas nos Restaurantes Universitários (RU) e no Restaurante Executivo (RE) da Universidade Federal de Goiás (UFG) em Goiânia seriam corrigidos, a partir de 3 de junho de 2022, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

Segundo a UFG, o reajuste anual já estava previsto desde abril de 2021, mês em que a Vogue – Alimentação e Nutrição LTDA venceu a licitação para gerenciar os restaurantes. Com a correção, os valores para os alunos de graduação permaneceram iguais, sendo R$4,00 para almoço e jantar e de R$2,50 para café-da-manhã.

À ocasião, a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Maísa Miralva da Silva, explicou que apenas as pessoas que se enquadram na categoria “comunidade em geral”, ou seja, docentes, técnico-administrativos e comunidade externa é que passam a pagar o valor de R$12,24 no almoço ou jantar e R$6,81 no café da manhã, sendo que, antes da correção, os respectivos neste caso preços eram de R$11,00 pelo almoço e jantar e R$6,12 pelo café-da-manhã. 

“Para os estudantes de graduação, não muda nada. O que vai aumentar é o valor que a UFG vai pagar. Para garantir a alimentação dos estudantes que têm isenção e subsídio, serão utilizados mais recursos do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes). O valor da refeição muda apenas para a comunidade em geral, que não tem subsídio nem isenção”, pontuou.


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