O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem avisado à equipe do Ministério da Saúde que deve ser demitido a qualquer momento. A informação foi publicada pelo Estadão, que relata que já há um clima de despedida entre funcionários da pasta.
A data da exoneração ainda não estaria definida, mas a entrevista de Mandetta ao Fantástico, na qual disse que “o brasileiro não sabe se ouve o ministro ou o presidente da República” foi a gota d’água numa relação há tempos conturbada com Jair Bolsonaro. O presidente já havia ameaçado o ministro de demissão e quase o fez há algumas semanas, quando foi demovido da ideia pela ala militar do governo.
O sucessor de Mandetta, conforme o Estadão, não está definido, mas a hipótese que parece mais clara para o momento é a ascensão do secretário João Gabbardo, atual número 2 da Saúde, ao cargo de ministro. A solução é vista como temporário e menos traumática que a nomeação do deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), que é frontalmente contra o isolamento social.
Gabbardo teria boa relação com o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e é visto como um apoiador do presidente Jair Bolsonaro, para quem fez campanha em 2018.
O Estadão diz que circula uma lista com possíveis sucessores de Mandetta entre os funcionários da Saúde. Além de Gabbardo e Osmar Terra, outros nomes seriam do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, do presidente do Conselho do Hospital Albert Einstein, Claudio Lottemberg, e da oncologista e imunologista Nise Yamaguchi, que defende o uso de cloroquina para tratar pacientes leves.
Leia mais sobre: Luiz Henrique Mandetta / Ministério da Saúde / Destaque / Política
