20 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:20

Maletas antigrampo custaram pelo menos R$ 403 mil ao Senado

Renan chegou a propor que os senadores não podem permitir que o "País se destrua". (Foto: Agência Brasil)
Renan chegou a propor que os senadores não podem permitir que o "País se destrua". (Foto: Agência Brasil)


O Senado gastou pelo menos US$ 127,8 mil (R$ 403 mil na cotação desta sexta-feira, dia 21) na aquisição de equipamentos eletrônicos usados pela Polícia Legislativa para detectar escutas ambientais e grampos telefônicos.

Em janeiro de 2015 a Casa comprou os equipamentos com dispensa de licitação da empresa norte-americana Berkana Defense & Security, com sede na cidade de Wilmington, no estado de Delaware (nordeste dos EUA).

Essa compra ocorreu apenas dois meses após a prisão dos primeiros empreiteiros alvos da Lava Jato, entre eles Ricardo Pessoa, da UTC.

O contrato estabelece a aquisição “de equipamentos de contrainteligência eletrônica, mediante importação direta”.

Na lista, estão duas unidades da maleta “Oscor Green 24GHz”, ao custo unitário de US$ 35 mil, outras duas maletas “Talan Telephone and Line Analyxer”, ao custo unitário de US$ 20 mil, entre outros equipamentos.

Há vários sites que oferecem a venda dessas maletas. Em um deles, a Oscor Green é descrita como “última geração do mais avançado sistema de contrainteligência disponível no mercado internacional” e capaz de detectar “rapidamente dispositivos eletrônicos transmissores escondidos”.

Da parte do Senado, o contrato é assinado pelo secretário-geral da Casa, Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, e pelo coordenador de Polícia de Investigação, Everaldo Bosco Rosa Moreira.

O presidente do Senado na época também era Renan Calheiros (PMDB-AL).

(Folhapress)

Leia mais:


Leia mais sobre: Brasil