O vereador Mauro Rubem (PT), que concorre a uma vaga de deputado estadual, disse ao Diário de Goiás que o assassinato de um lulista por um bolsonarista é mais uma morte nas mãos do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“É lamentável. Temos que condenar mais essa morte computada para as mãos de Bolsonaro, esse genocida, e seus aliados”, afirmou. “Destruíram o país, a economia, os direitos do povo e, agora, estão matando as pessoas.”
“Se o presidente que está aí parar de estimular a violência, vai melhorar muito. Hoje, ele é o grande estimulador. A Justiça precisa fazer com que os responsáveis sejam punidos porque as pessoas estão se sentindo autorizadas a praticar violência”, acrescentou.
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Mauro Rubem contou que, durante a atual campanha, tem sentido um tom de ameaças. “Uma pessoa, em uma caminhonete muito grande, me encarou. Também há xingamentos. As próprias propagandas de muitos candidatos estão utilizando ameaças.”
“A violência política é um projeto de país e estamos orientando todos os nossos companheiros a terem cuidado, mas sem ficarmos intimidados”, destacou.
“Vejo muita educação por parte dos bolsonaristas”, contesta Major Araújo
Candidato à reeleição, o deputado estadual Major Araújo (PL) relatou ao Diário de Goiás que tem uma outra visão. “Não vi ameaça alguma. Pelo contrário, vejo muita educação por parte dos bolsonaristas.”
“Essa campanha está até razoável. Vi passando uma carreata da Isaura Lemos [candidata a deputada estadual pelo PCdoB] e simplesmente ignoramos, sem problemas. Não tenho preocupação de que alguém que me acompanha possa fazer uma ameaça à integridade física de outra pessoa”, disse.
“Na campanha que concorri a prefeito, em 2020, um petista foi para a janela, mostrou o dedo e colocou a genitália para fora. Tinha criança na nossa carreata. Fiquei bem chocado’, lembrou. ‘Quando isso acontece, pode ter certeza que é petista. Não se verifica o mesmo da outra parte.”
Na visão de Major Araújo, para diminuir a violência política, em primeiro lugar, a mídia precisa mudar a sua postura. “Quem mais faz essa divisão é a mídia. Um jornalista da Globo vai entrevistar o presidente e você só vê hostilização. A cobertura não pode ser partidária.”
“Esse é o primeiro passo. Depois, vem o papel das próprias instituições. O STF [Supremo Tribunal Federal] precisa parar de querer governar e assumir uma posição neutra. Por último, nós, os políticos, temos que exercer uma liderança responsável, mas isso vai depender de todos os entes”, pontuou.
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