23 de dezembro de 2024
Doença • atualizado em 26/06/2023 às 12:56

Mais um vírus: Oz, no Japão, confirma primeira morte no mundo pela infecção; entenda

Doença não é agressiva, mas pode ser fatal para pessoas com comorbidade
Vírus Oz é transmitido por um carrapato da espécie Amblyomma testudinarium. (Foto: reprodução)
Vírus Oz é transmitido por um carrapato da espécie Amblyomma testudinarium. (Foto: reprodução)

A primeira morte no mundo causada pela infecção do vírus Oz aconteceu no Japão, e foi informada na sexta-feira (23). O comunicado foi feito pelo do Ministério da Saúde do país asiático e divulgado com detalhes: a vítima se trata de uma mulher de 70 anos que tinha comorbidades, incluindo hipertensão e altos níveis de gordura no sangue.

De acordo com reportagem da CNN, a paciente não tinha histórico de viagens ao exterior, mas apresentou mal-estar, perda de apetite, vômitos, dores nas articulações e febre alta. Testes para coronavírus foram negativos e ela foi medicada com antibióticos devido a suspeita de pneumonia, sendo liberada para observação em casa.

A idosa, porém, necessitou ser internada novamente e, após exames de sangue mostrando diminuição de plaquetas, distúrbios no fígado e nos rins e reação inflamatória intensa, os médicos suspeitaram de infecção transmitida por artrópodes devido à observação de picadas de carrapatos.

Os testes, no entanto, foram negativos para infecção por bactérias riquétisias, como aquelas responsáveis pela febre maculosa. A paciente apresentou problemas no coração e exames sugeriram um quadro de miocardite, que consiste na inflamação do músculo cardíaco. E, mesmo com tratamentos, houve quadro súbito de fibrilação ventricular, que é um ritmo cardíaco anormal, fazendo com que a mulher não resistisse.

Vale lembrar que não se trata da febre maculosa, mas de outro vírus que também é passado por meio da picada de um carrapato. O vírus Oz – chamado tecnicamente OZV – é um novo vírus e, de acordo com o Ministério da Saúde japonês, ele foi isolado e identificado em carrapato da espécie Amblyomma testudinarium no país em 2018.


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