Após o registro de três detentos encontrados mortos em celas separadas da Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia (CPP), na última terça-feira (26), há confirmação de mais um preso que morreu nesta quarta-feira (27). João Victor Nunes Araújo Guedes, de 27 anos, foi socorrido em uma cela do Bloco 3 Ala B e a morte foi confirmada pela enfermaria do local.
De acordo com a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), João Victor havia sido retirado da cela onde estava, ainda no final da tarde de ontem por conta de um tumulto que ocorria, e supostamente João Victor foi agredido por colegas de cela.
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Em nota, a DGAP disse que todas as medidas estão sendo tomadas em relação a morte de João Victor. O preso foi socorrido e encaminhado ao Posto de Saúde para os atendimentos necessários. Ainda segundo a DGAP, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, e ao chegar na CPP, constatou e atestou o óbito do preso.
A Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO) considera as mortes como “gravíssimas” e solicitou apuração rigorosa das causas. Na tarde da última terça-feira (26), membros da Comissão de Direitos Humanos (CDH) e da Segurança Pública realizaram vistoria nas dependências da CPP. Nesta quarta-feira (27) uma nova vistoria foi feita.
Segundo a CDH, os presos contaram que as mortes seriam uma suposta reação à reorganização do sistema e um suposto conflito entre facções internas.
Transferência
No começo da tarde desta quinta-feira (28), os detentos envolvidos nas mortes dos quatro presos, foram transferidos para presídios de Segurança Máxima, pela Polícia Penal de Goiás. De acordo com a corporação eles são violentos e assassinaram cruelmente colegas de cela com o intuito de desestabilizar o Sistema de Segurança Pública de Goiás, conforme explica.
De acordo com a determinação do Ministério Público de Goiás (MPGO), que sejam ainda aplicadas as medidas disciplinares preventivas que o caso requer, inclusive a suspensão de visitas aos suspeitos de envolvimento nas mortes.
Além disso, o MPGO ainda solicita que seja reforçado o monitoramento dos detentos suspeitos e nos blocos onde ocorreram as mortes afim de evitar novos fatos como este. Foi solicitado também a DGAP, a instaração de procedimento administrativo a fim de apurar o envolvimento de facções e organizações criminosas na deflagração dos homicídios.
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