13 de agosto de 2024
Segurança Cibernética

Mais de 4,5 mil tentativas de golpe financeiro são registradas por hora no Brasil, revela Datafolha

Estudo revela que apenas 30% das vítimas de golpes envolvendo pix ou boletos falsos registram ocorrência em delegacias
As perdas relatadas por esse tipo de crime giram em torno de R$ 1.142 por vítima (Foto: divulgação)
As perdas relatadas por esse tipo de crime giram em torno de R$ 1.142 por vítima (Foto: divulgação)

Uma pesquisa do Datafolha, divulgada nesta terça-feira (13), revelou que mais de 4,5 mil tentativas de golpes financeiros são realizadas por hora no Brasil. Esses crimes, executados principalmente por meio de aplicativos de mensagem ou ligações telefônicas, têm sido direcionados a vítimas por criminosos que se passam por funcionários de bancos.

O estudo foi encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e pelo jornal “Folha de S.Paulo”, e envolveu entrevistas com 2.508 pessoas em todas as regiões do país, realizadas entre os dias 11 e 17 de junho.

A pesquisa destacou que cerca de 2.500 pessoas pagaram por produtos na internet que não foram entregues, enquanto outras 1.680 foram vítimas de furtos ou roubos de celulares. Além disso, foi identificado um alto índice de subnotificação dos crimes cibernéticos, com apenas 30% das vítimas de golpes envolvendo pix ou boletos falsos registrando ocorrência em delegacias.

Baseado na proporção de entrevistados e no tamanho da população, o Datafolha estimou que os golpes financeiros causaram um prejuízo de R$ 25,5 bilhões à população em um período de 12 meses, considerando apenas os golpes aplicados via pix e boletos falsos.

Um dos golpes mencionados foi o da maquininha de cartão, que vitimou 2,6% dos entrevistados, o que representa uma população de 4,2 milhões e uma média de 482 casos por hora. As perdas relatadas por esse tipo de crime giram em torno de R$ 1.142 por vítima.

Os dados também revelaram que as tentativas de golpe virtual, especialmente via aplicativos de mensagem e ligações telefônicas, são mais frequentes entre aqueles que ganham entre 5 e 10 salários mínimos, têm ensino superior e residem em municípios com mais de 500 mil habitantes. Este perfil é o alvo mais comum de outros tipos de crimes virtuais, incluindo o vazamento de dados pessoais na internet, situação que afetou 22% dos entrevistados que ganham mais de dez salários mínimos.


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