07 de agosto de 2024
Epidemia • atualizado em 28/03/2022 às 12:54

Mais de 21 mil focos do mosquito da dengue foram eliminados em Goiânia neste ano

Capital teve crescimento de 72% no número de casos em comparação com o mesmo período do ano passado. Agentes já fizeram mais de 500 mil visitas
Focos de dengue complicam luta contra a disseminação da doença. (Foto: SMS)
Focos de dengue complicam luta contra a disseminação da doença. (Foto: SMS)

Mais de 21 mil focos do mosquito Aedes aegypti foram eliminados por agentes de Endemias em Goiânia neste ano. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), já foram encontrados 21.404 focos durante 554.294 visitas desde janeiro.

A capital vive uma epidemia de dengue, com 19.898 casos confirmados no primeiro trimestre contra 11.482 no mesmo período do ano passado, num crescimento de 72%.

Além de identificar, eliminar ou tratar criadouros e focos do mosquito transmissor da dengue, as visitas têm mais objetivos. “Nossos agentes também conversam com os moradores, orientam sobre como devem ser suas condutas para evitar a proliferação do mosquito, e esclarecem sobre a doença”, enfatiza o gerente de Controle de Vetores da Diretoria de Vigilância em Zoonoses, Izaias de Araújo Ferreira.

Outra ação reforçada neste ano, foi a abertura de casas abandonadas. Mediante autorização judicial, auxílio de um chaveiro e da Guarda Civil Metropolitana, auditores-fiscais de Saúde Pública da prefeitura abriram, até o momento, 116 imóveis. Em 57,7% deles foram encontrados focos do Aedes.

“A prefeitura só busca a ajuda judicial depois de visitar o local e não encontrar proprietários ou qualquer outro responsável. É uma medida extrema, mas de grande importância, pois já virou rotina encontrar recipientes cheios de água e larvas nesses imóveis fechados”, pontua o diretor de Vigilância em Zoonoses, Murilo Reis.

O bloqueio com uso de inseticida também tem sido bastante usado em Goiânia, no combate à dengue. Já foram 7.367 casos com bloqueio de janeiro pra cá. O trabalho de campo é realizado com o uso de bombas costais que pulverizam os locais de maior circulação do mosquito com Inseticida de Ultra Baixo Volume (UBV), que não agride o meio ambiente.

“Muitas pessoas questionam o motivo de não ter mais o ‘fumacê’. É preciso que saibam que esse era um programa do Ministério da Saúde (MS), e que foi extinto há alguns anos porque causa do desequilíbrio ao meio ambiente, até mesmo com morte de algumas abelhas”, explica o secretário municipal de Saúde, Durval Pedroso.

Para melhor atender à população, a prefeitura mantém o aplicativo “Goiânia Contra Dengue”, que possibilita o envio de fotos e a localização de focos do mosquito. Neste ano, já foram atendidas 1.816 denúncias, que chegaram por diversas formas.


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