22 de novembro de 2024
Judiciário

Mais cinco réus começam a ser julgados pelo 8 de janeiro; Moraes vota pela condenação

Todos envolvidos foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por diversos crimes
O dia 8 de janeiro ficou marcado pela invasão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro a Praça dos Três Poderes, que foi depredada pela ação de milhares de pessoas. (Foto: reprodução)
O dia 8 de janeiro ficou marcado pela invasão de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro a Praça dos Três Poderes, que foi depredada pela ação de milhares de pessoas. (Foto: reprodução)

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, na madrugada desta terça-feira (26), o julgamento virtual das ações penais contra mais acusados pelos atos criminosos cometidos em 8 de janeiro, em Brasília. A votação, que vai até 2 de outubro, já recebeu do ministro Alexandre de Moraes o voto pela condenação de mais cinco réus. Ao todo, dez magistrados estão aptos a votar.

Eu seu voto, Moraes condena os réus João Lucas Vale Giffoni, Jupira da Cruz Rodrigues e Nilma Lacerda Alves a 14 anos de prisão. Davis Baek foi apenado com 12 anos, e Moacir Jose Dos Santos, condenado a 17 anos.

Todos foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado, tudo realizado no dia 8 de janeiro. 

Pela modalidade virtual, os ministros inserem os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial. O julgamento é aberto com o voto do relator. Em seguida, os demais ministros passam a votar até o horário limite estabelecido pelo sistema. Antes do julgamento, os advogados incluem vídeos com a gravação da sustentação oral.

Acusados pelo 8 de janeiro

João Lucas Valle Giffoni mora em Brasília e foi preso em flagrante pela Polícia Legislativa dentro do Congresso no dia 8 de janeiro. No processo, a defesa do réu afirmou que ele não participou da invasão do prédio e entrou no Congresso para fugir das bombas de gás lacrimogêneo. A defesa de Giffoni acrescentou ainda que ele não apoia atos antidemocráticos e de vandalismo. 

Jupira Silvana da Cruz Rodrigues vive em Betim (MG) e foi presa no interior do Palacio do Planalto. Os advogados dela afirmaram que “não há nenhuma evidência” de que acusada tenha participado da depredação. Segundo a defesa, ela chegou na Esplanada dos Ministérios após o início da depredação e entrou no Palácio do Planalto para se proteger das balas de borracha e do gás lacrimogêneo lançados contra os manifestantes que estavam do lado de fora.

Nilma Lacerda Alves, de Barreiras (BA), também foi presa no Palácio do Planalto. A defesa declarou que a ré não participou das depredações e disse que não há provas no processo para justificar a condenação.

Davis Baek, morador de São Paulo, foi preso na Praça dos Três Poderes e portava dois rojões, cartuchos de gás lacrimogêneo, uma faca e um canivete. A defesa sustentou que ele não participou da depredação. 

A defesa de Moacir Jose dos Santos, de Cascavel (PR), preso no Palácio do Planalto, disse que o réu foi a Brasília para participar de uma manifestação “ordeira e pacífica” e não aderiu aos atos de depredação. Também afirmou que o acusado não portou nenhum tipo de armamento e que ele entrou no Palácio para se proteger. Há duas semanas, o STF condenou os três primeiros réus.

Com informações da Agência Brasil


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