22 de novembro de 2024
Cidades

Maioria rejeita obrigatoriedade de vacinação contra a covid-19, diz Paraná Pesquisas

Obrigatoriedade de vacinação é tema polêmico. (Foto: Isac Nobrega)
Obrigatoriedade de vacinação é tema polêmico. (Foto: Isac Nobrega)

A maioria dos brasileiros rejeita a vacinação obrigatória contra a covid-19, segundo um levantamento publicado na última sexta-feira (18) pela Paraná Pesquisas.

De acordo com o instituto, 52% dos entrevistados foram contrários à obrigatoriedade de se imunizar contra a doença causada pelo coronavírus Sars-CoV-2. Outros 46% consideram que as pessoas deveriam ser obrigadas a tomar a vacina. Outros 2% não opinaram.

A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O grau de confiança é de 95%. Foram ouvidas 2206 pessoas, entre 12 e 16 de dezembro, nos 26 estados e no Distrito Federal.

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional que estados e municípios imponham restrições a cidadãos que se negarem a vacinar. O presidente Jair Bolsonaro é contra a obrigatoriedade, mas outros políticos, como o governador de São Paulo, João Doria, defendem a imunização compulsória.

Brasileiros temem efeitos colaterais

O levantamento também mostrou que 60,9% dos brasileiros temem efeitos colaterais de alguma vacina contra covid-19. O Paraná Pesquisas lembrou aos entrevistados a velocidade com a qual os imunizantes estão sendo desenvolvidos, e a maioria não se sente seguro.

Em contrapartida, 36,1% das pessoas ouvidas pelo instituto, não temem sofrer efeitos colaterais da vacinação. Outros 3% não sabem ou não opinaram.

CoronaVac

De acordo com o levantamento, 62,4% dos brasileiros estariam dispostos a tomar a CoronaVac, vacina anti-covid desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e que será produzida pelo Instituto Butantan. Por outro lado, 33,5% rejeitariam esse imunizante, mesmo com aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A CoronaVac é motivo de disputa política entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador paulista, João Doria. Porém, o Ministério da Saúde, recentemente, admitiu incluí-la no Plano Nacional de Imunização.


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