Em dez anos, caiu mais de 24% o número de mães adolescentes no país. Cerca de 20% das crianças nascidas em 2007 eram filhas de mulheres com menos de 19 anos. No ano passado, esse percentual caiu para 16%.
Ao mesmo tempo, cresceu quase 30% o número de mulheres que tiveram filhos depois dos 30.
Os números são das Estatísticas do Registro Civil, levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado nesta quarta (31). O estudo reúne informações sobre nascimentos, mortes, casamentos e divórcios.
Outro ponto observado é o aumento de uniões homoafetivas, que cresceram 10% de 2016 a 2017. O crescimento é maior nos casamentos entre mulheres: 15,5%.
O total de matrimônios, porém, caiu cerca de 2%. Ao mesmo tempo, houve alta de 8% nos divórcios.
Na separação, mais casais decidiram compartilhar a guarda dos filhos. O salto em apenas um ano foi de 33%, e a prática é mais frequente na região Sul do Brasil (24% dos casos).
Ainda assim, o compartilhamento é exceção: em sete de cada 10 casos, as crianças ficam sob responsabilidade da mãe.
Nascimento
O número de nascimentos cresceu 2,6% em 2017, recuperando parte da queda registrada em 2016. Ainda assim, o número de novos bebês é menor que o de 2015.
Na outra mão, as mortes são mais frequentes: houve 23,5% mais óbitos em 2017 em comparação com 2007.
Os números não chegam a surpreender. A previsão do IBGE é que a população brasileira cresça em ritmo cada vez mais lento.
A partir de 2050, quando seremos cerca de 233 milhões, a tendência é que o número de brasileiros comece a cair. (Folhapress)