19 de novembro de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 00:50

Mãe que matou filha e escondeu corpo vai a júri popular

(Foto: Mais Goiás)
(Foto: Mais Goiás)

O juiz Eduardo Pio Mascarenhas da Silva, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, determinou que Márcia Zaccarelli Bersaneti será julgada por júri popular por homicídio sua filha recém-nascida e ocultação do corpo. O crime ocorreu em 17 de março de 2011.

O juiz considerou duas qualificadoras, sendo motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. De acordo com denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) confessou ter matado a filha por asfixia, tapando o nariz da criança.

A defesa de Márcia pediu à Justiça exame de sanidade mental, que foi realizado em novembro de 2016. No entanto, a perícia não constatou transtornos nem dependência química na acusada. Márcia está presa preventivamente desde 11 de agosto.

“Eu nunca quis minha filha longa. Eu ia lá [no escaninho] praticamente todos os dias. Eu queria ela comigo e viva. Eu não matei a minha filha. Eu a embalei porque queria ela comigo”, afirmou a acusada durante audiência.

“O crime foi praticado por motivo torpe, consistente no fato de a acusada não querer tornar público o seu relacionamento extraconjugal. Nessa senda, são os depoimento e elementos probatórios carreados aos autos. Ressalte-se que, oportunamente, caberá aos jurados deliberarem sobre a manutenção ou afastamento das qualificadoras, bem como da causa especial do aumento de pena”, ressaltou o Eduardo Pio.

O caso

Uma mulher foi presa suspeita de ter matado e ocultado o corpo de um bebê que foi colocado no escaninho de um apartamento no Setor Bueno, em Goiânia. O Instituto Médico Legal (IML) e a Perícia concluíram que se tratava de um recém-nascido, do sexo feminino e que estava já em estado de decomposição avançado.

A suspeita pela morte do bebê e a ocultação do cadável foi identificada pela polícia civil apenas como Márcia. Ela confessou à Delegada Ana Claudia Rodrigues, que matou a criança por asfixia, por conta da gravidez ser de um relacionamento extraconjugal. A mulher era casada e seu marido era vasectomizado, portanto não teria como acreditar ser o pai da criança.

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