25 de agosto de 2024
Cidades

Mãe e filho condenados por morte de pamonheira

A comerciante Sueide Gonçalves da Silva foi condenada a 17 anos de reclusão, a ser cumprido em regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado contra a cozinheira Marizete de Fátima Machado, que trabalhava em uma pamonharia no Jardim América. O filho de Sueide, Willian Divino da Silva Moraes, também foi condenado a 15 anos de prisão. O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (22), pelo 2° Tribunal do Júri de Goiânia, em sessão presidida pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira.

O crime, que teve grande repercussão e comoção, teria sido motivado pela concorrência entre dois estabelecimentos.

O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade e a autoria do crime e rejeitou a tese da defesa de que Sueide agiu sob o domínio de violenta emoção, seguida a injusta provocação da vítima. Reconheceu as três qualificadoras imputadas contra ela e outras duas contra seu filho. Para os jurados, ela “agiu de maneira preordenada, premeditadamente, impondo à vítima um imenso sofrimento, ao apanhá-la e obrigá-la a adentrar o veículo, levando-a para local ermo, fora da cidade, dando-a ciência do impiedoso propósito de dar-lhe fim ao seu bem jurídico e humanamente mais importante, a vida”. Além disso, considerou seu “injustificado ódio da vítima”, que a levou, inclusive, a arrastar o próprio filho para este empreendimento criminoso.

Relembre o caso

O crime ocorreu no dia 29 de março de 2015 e, segundo a denúncia, a vítima foi abordada por mãe e filho, que a colocaram em uma caminhonete e a levaram até um matagal no município de Abadia de Goiás, região metropolitana da capital.

No local, Marizete foi agredida com xingamentos, socos e pontapés, além de ser atingida por seis disparos de arma de fogo, em diferentes regiões do corpo. A vítima ainda foi envolvida em um papel alumínio, e teve o corpo queimado. A dupla, achando que Marizete estava morta, fugiu do matagal.

No entanto, a cozinheira conseguiu apagar o fogo rolando no capim molhado e conseguiu andar até a estrada onde pediu socorro. Marizete foi encaminhada para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), mas não resistiu aos ferimentos e morreu dois dias depois.


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