O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse hoje (16) que não permitirá que a direita consolide um “golpe eleitoral”, apesar de a oposição ter obtido maioria nas recentes eleições parlamentares, o que lhe dá o controle da Assembleia Nacional.
“Não pensem que isso vai ficar assim. Nós vamos mudar essa situação e não vamos permitir que a direita consolide o seu golpe eleitoral, não vamos permitir”, garantiu Nicolás Maduro.
Ele falou durante encontro com trabalhadores da empresa telefônica estatal Cantv, que se concentraram em frente ao palácio presidencial de Miraflores para condenar a intenção da oposição de privatizar a empresa.
Segundo Maduro, o governo venezuelano está preparando “o que vão ser as batalhas para o próximo ano, por meio de um plano integral”, para contrariar as intenções dos opositores que “jogaram sujo e que estão jogando sujo contra o povo”.
“Voltamos às ruas para batalhar por esta pátria e das ruas ninguém nos tirará”, acrescentou.
O presidente advertiu que a direita venezuelana, submetida aos interesses imperiais, com a maioria parlamentar, pretende retomar o neoliberalismo no país, que no passado causou miséria e altos níveis de exclusão social.
“As chaves são a retificação profunda, revolucionária e construtiva, a rebelião de massas perante as ameaças da oligarquia e o renascimento do bolivarianismo, do chavismo, do patriotismo deste povo, desta história”, destacou.
A aliança opositora Mesa de Unidade Democrática obteve, nas eleições de 6 de dezembro, a primeira vitória em 16 anos, conseguindo 112 dos 167 lugares que compõem o Parlamento, uma maioria de dois terços que lhe confere amplos poderes e marca uma virada histórica contra o chavismo.
Segundo o presidente Nicolás Maduro, estão sendo investigados mais de 1,5 milhão de votos nulos registrados durante as eleições parlamentares. Ele disse que em alguns setores, onde tradicionalmente o chavismo era vencedor, os candidatos chavistas perderam por menos de uma centena de votos e foram registrados mais de mil votos nulos.
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