Lady Gaga frita um bife. Lady Gaga vai a um batizado. Lady Gaga leva flores para sua avó. O documentário “Gaga: Five Foot Two”, que fez sua estreia mundial nesta sexta (8) no Festival de Toronto, se esforça para mostrar o lado mundano da cantora pop.
Até aí, tudo bem. Acontece que a própria cantora também tem adotado uma persona mais “normal” e menos paramentada desde o lançamento de seu último álbum, “Joanne”, em 2016.
E o longa, que pretendia destrinchar sua intimidade e seus dramas, acaba ganhando contornos de mais uma peça no marketing de Gaga.
Ela discorda desse resultado, apesar de ainda não ter assistido ao documentário.
“Não queria que o filme soasse como algo comercial e que fizesse parecer que a minha vida é perfeita”, afirmou a cantora na entrevista coletiva. Com jaqueta e calças pretas, só vestia da “velha Gaga” um par de botas com enormes saltos plataforma.
Dirigido por Chris Moukarbel, o documentário deve estar disponível na Netflix ainda neste mês.
O mote do longa é apresentar o que sustenta ser uma nova fase de Lady Gaga, que completa dez anos de carreira. Durante as gravações de “Joanne”, ela insiste em deixar de lado o visual montado, mas se preocupa com a reação dos fãs mais antigos.
Em sua mansão em Malibu, na Califórnia, a cantora reflete sobre ser uma mulher trintona, sofre de dores crônicas nas costas e dispara contra Madonna.
“Eu a admiro, apesar de ela falar mal de mim pelas costas”, diz em certo ponto do filme, sobre ser frequentemente comparada à veterana. A câmera na mão de Moukarbel acompanha tudo de forma trôpega, às vezes perde o foco.
“Me senti confortável porque ele era muito respeitoso, até nos momentos íntimos”, contou Gaga em Toronto. Em alguns momentos, contudo, pedia para a câmera ser desligada -“só quando estava me sentido exausta”, diz. (Folhapress)
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