05 de dezembro de 2025
Debate • atualizado em 02/06/2025 às 17:09

Luziânia é palco de discussões para elaborações de políticas do Ministério do Meio Ambiente

A cidade goiana vai receber a primeira oficina de construção do Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, que será apresentado na COP30, no Pará
O evento reúne representantes de povos e comunidades tradicionais de todo o Brasil. Foto: Divulgação
O evento reúne representantes de povos e comunidades tradicionais de todo o Brasil. Foto: Divulgação

A cidade goiana de Luziânia recebe, desta segunda-feira (2) até sexta (6), a primeira oficina de construção do Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comuidades Tradicionais, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). A oficina tem objetivo de elaborar políticas públicas voltadas a indígenas e quilombolas, extrativistas e pantaneiros, ciganos, povos de matriz africana e outros 22 segmentos.

O evento reúne representantes de povos e comunidades tradicionais de todo o Brasil, organizações da sociedade civil, universidades, especialistas e parceiros institucionais envolvidos na agenda dos direitos e do desenvolvimento sustentável dessas populações para desenvolver as articulações. O plano nacional elaborado nesta semana será apresentado à população em novembro deste ano, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA).

O processo de elaboração do Plano vai garantir efetividade à Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT), instituída em 2007. O Plano será estruturado em cinco eixos prioritários. São eles: acesso aos territórios tradicionais e recursos naturais; infraestrutura; inclusão social; fomento e produção sustentável; combate às violações de direitos humanos.

Luziânia como ponto de encontro

A escolha de Luziânia para sediar o evento tem um caráter histórico. A cidae goiana sediou o 1º Encontro Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais, em 2005. A reunião inicial deu origem ao que viriam a se tornar o Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais e a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais.

“É em Luziânia que vamos iniciar esta retomada. Estamos respondendo a uma reivindicação histórica dos povos e comunidades tradicionais. Essa é uma construção coletiva, um compromisso do governo federal, do presidente Lula, da ministra Marina Silva e da nossa secretaria”, destaca Edel Moraes, secretária nacional de povos e comunidades tradicionais e desenvolvimento rural sustentável (SNPCT), órgão vinculado ao MMA.

“O Plano é a chance de deixar de sermos apenas lutadores por direitos e sermos reconhecidos como detentores desses direitos. É o momento de sairmos do lugar do outro e ocuparmos o espaço que é nosso por direito, com participação ampla da sociedade civil, da academia e de parceiros institucionais”, pontuou a secretária.


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