Las Vegas, Estados Unidos – Finalmente chegou o grande dia. Ou, mais precisamente, a grande noite. O norte-americano Floyd Mayweather e o filipino Manny Pacquiao se enfrentam neste sábado (início da madrugada deste domingo no Brasil), no MGM Grand Garden Arena de Las Vegas, nos Estados Unidos, em um confronto que certamente já entrou para a história. A “luta do século” atingiu recordes relacionados a preços de ingressos, venda de pay-per-view – calcula-se 4 milhões apenas nos EUA -, procura por hospedagem na cidade norte-americana e será assistida por milhões de pessoas em todo o mundo.
Os dois pugilistas, considerados os dois principais astros do boxe neste século, entrarão no ringue a 1 hora de domingo (horário de Brasília) lutando por quatro cinturões: o dos meio-médios da Organização Mundial de Boxe (atualmente com Pacquiao), o dos meio-médios do Conselho Mundial de Boxe e o dos médio-ligeiros da Associação Mundial de Boxe (ambos em poder de Mayweather) e, de quebra, o cinturão feito de esmeraldas e diamantes para a própria luta, com valor estimado em US$ 1 milhão (R$ 3 milhões).
Uma ninharia para um combate cuja bolsa total é de US$ 300 milhões (R$ 900 milhões), dos quais US$ 180 milhões (R$ 540 milhões) vão engordar ainda mais a conta do norte-americano, conhecido tanto pelo poder de seus golpes como por sua incorrigível mania de ostentação. Mayweather faz questão de mostrar seus ganhos, tirando fotos ao lado de pilhas de dólares, exibindo carrões e joias. Vira e mexe também se envolve em confusões, agredindo namoradas – já foi parar na prisão por causa disso – e desacatando policiais.
Pacquiao, por sua vez, não esquece a infância pobre. Vive com a máxima discrição possível – nas Filipinas é tido como herói nacional, pelos feitos nos ringues e pela preocupação social que o levou inclusive a enveredar pelo mundo da política – e diz que vive “apenas com o necessário”. Ele deverá receber US$ 120 milhões (R$ 360 milhões).
Um exemplo da distância que separa o estilo de vida de ambos é que os US$ 6 milhões (R$ 18 milhões) que o filipino doou para ações sociais em 2014 são o mesmo valor da frota de carros de Mayweather.
O norte-americano diz respeitar o rival, mas não deixa de cantar vitória antecipada. “Não temos a velocidade dele. Não se trata de velocidade ou de lançar muitos socos. A estratégia de todo mundo é socar muito e manter a pressão, 47 lutadores fizeram isso contra mim. Não funcionou”.
(Fonte: Estadão Conteúdo)
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