O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu o presidente da Argentina, Alberto Fernández, nesta segunda-feira (26), no Palácio do Planalto, em Brasília. Na sequência, almoçaram juntos no Itamaraty. O principal tema da visita é a comemoração dos 200 anos das relações diplomáticas entre os dois países, firmadas em 1823. Naquele ano, o país vizinho foi o primeiro a reconhecer a independência do Brasil.
É a quarta vez que os Chefes de Estado se encontram neste ano. Na ocasião, Lula falou sobre investimentos em infraestrutura e destacou a importância da retomada de uma parceria mais profunda com a Argentina, que é a principal parceira comercial e diplomática do Brasil na América do Sul, além de ser o terceiro principal destino das exportações brasileiras. Ambos respondem, juntos, por dois terços do território, da população e do PIB do continente.
“Nosso intercâmbio comercial pode superar a cifra de 40 bilhões de dólares que atingimos em 2011. Construímos uma relação baseada na troca de bens de alto valor agregado e na integração produtiva de nossas economias. Nossos investimentos recíprocos são responsáveis por quase 100 mil empregos”, afirmou o presidente brasileiro.
Integração econômica bilateral
O capital brasileiro está presente em diversos setores da economia argentina. Podem ser listados, entre eles, o siderúrgico, petrolífero, bancário, automotivo, têxtil, calçadista, de máquinas agrícolas, de mineração e de construção civil. Dessa forma, a integração econômica bilateral fortalece a economia e a indústria de ambos os países.
Em 2022, o volume de comércio entre Brasil e Argentina foi de US$ 28,4 bilhões, dos quais as exportações brasileiras para o país vizinho responderam por US$ 15,3 bilhões e as importações de produtos argentinos foram da ordem de US$ 13,1 bilhões.
Em sua fala, Alberto Fernández agradeceu o discurso do presidente Lula durante a Cúpula por um Novo Pacto de Financiamento Global em Paris, na semana passada, e os esforços do brasileiro para ajudar o país vizinho, que vive uma crise econômica, com desvalorização da moeda local, perda do poder de compra e altos índices inflacionários.
Até o fim do ano, a Argentina tem o comando temporário do Mercosul. “Vamos deixar tudo organizado para passar a Presidência do ao Brasil”, afirmou Fernández.
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