07 de agosto de 2024
Conferência do clima • atualizado em 16/11/2022 às 14:38

Lula quer que COP30, em 2025, seja realizada na Amazônia

Presidente eleito falou duas vezes sobre a ideia durante sua participação na COP27, no Egito
Lula ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho, e de sua esposa, Janja, na COP27 (Foto: Kiara Worth/UNclimatechange)
Lula ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho, e de sua esposa, Janja, na COP27 (Foto: Kiara Worth/UNclimatechange)

O presidente eleito, Lula (PT), demonstrou interesse em sediar, no Brasil, a conferência sobre o clima da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2025. Ele falou sobre o assunto duas vezes, nesta quarta-feira (16/11), durante participação na COP27, no Egito.

“Pode ficar certo que nós vamos falar com o secretário-geral da ONU e vamos pedir para que essa COP de 2025 seja feita no Brasil, que seja feita na Amazônia”, disse o petista em seu discurso no painel da Amazônia.

“Na Amazônia, tem dois estados aptos para receber qualquer conferência internacional, o estado do Amazonas e o estado do Pará”, acrescentou. “Aí vocês discutem entre vocês quem é que tem mais a oferecer do ponto de vista de infraestrutura.”

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Mais tarde, Lula fez um pronunciamento na área da ONU e voltou a tocar no assunto. O petista propôs “duas importantes iniciativas, a serem apresentadas formalmente” por seu governo a partir do momento em que tomar posse.

“A primeira iniciativa é a realização da Cúpula dos Países Membros do Tratado de Cooperação Amazônica. Para que Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela possam, pela primeira vez, discutir de forma soberana a promoção do desenvolvimento integrado da região, com inclusão social e responsabilidade climática”, afirmou.

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“A segunda iniciativa é oferecer o Brasil para sediar a COP 30, em 2025. Seremos cada vez mais afirmativos diante do desafio de enfrentar a mudança do clima, alinhados com os compromissos acordados em Paris e orientados pela busca da descarbonização da economia global”, complementou.

No pronunciamento, Lula também fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo ele, o “resultado da eleição no Brasil dependia não apenas a paz e o bem estar do povo brasileiro, mas também a sobrevivência da Amazônia e, portanto, do nosso planeta”.

“Ao final de uma disputa acirrada, o povo brasileiro fez a sua escolha, e a democracia venceu. Com isso, voltam a vigorar os valores civilizatórios, o respeito aos direitos humanos e o compromisso de enfrentar com determinação a mudança climática”, pontuou.

O petista ressaltou, ainda, o simbolismo de ter sido convidado para a COP27 antes de assumir a Presidência. “Este convite, feito a um presidente recém-eleito antes mesmo de sua posse, é o reconhecimento de que o mundo tem pressa de ver o Brasil participando novamente das discussões sobre o futuro do planeta e de todos os seres que nele habitam.”

“Estou hoje aqui para dizer que o Brasil está pronto para se juntar novamente aos esforços para a construção de um planeta mais saudável. De um mundo mais justo, capaz de acolher com dignidade a totalidade de seus habitantes, e não apenas uma minoria privilegiada”, destacou Lula em outro trecho.


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