Após ser submetido a uma trepanação na madrugada da última terça-feira (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passará por um novo procedimento na quinta-feira (12). De acordo com o boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, onde Lula segue internado na capital paulista, será realizado uma embolização de artéria meníngea média, um procedimento endovascular.
Conforme a assessoria de imprensa da Presidência da República, a embolização trata-se de uma “parte protocolar” da cirurgia já realizada para a drenagem da hemorragia intracraniana. O procedimento não se trata de uma nova cirurgia e nem será feito em centro cirúrgico.
O boletim médico do presidente, divulgado às 12h desta quarta (11) pelo Palácio do Planalto, assinado pelos médicos Luiz Francisco Cardoso e Álvaro Sarkis, informou que ele evoluiu bem no pós-operatório imediato, sem intercorrências, está lúcido, orientado, conversando e passou a noite bem. A nota também informava que Lula seguia sob acompanhamento da equipe médica, sob os cuidados do doutor Roberto Kalil Filho e da doutora Ana Helena Germogli.
Na nota divulgada pelo Hospital às 16h30 desta quarta (11), os médicos informam que a complementação de cirurgia com procedimento endovascular será realizada amanhã pela manhã. Nesta tarde o presidente realizou fisioterapia, caminhou e recebeu visitas de familiares.
Histórico do quadro
O quadro de hemorragia intracraniana foi identificado após o presidente ser internado na noite de segunda-feira (9) com fortes dores de cabeça. Depois do diagnóstico de hemorragia intracraniana, Lula foi encaminhado para cuidados no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo e, na madrugada de terça (10), passou por uma cirurgia para a drenagem do sangue.
O sangramento no crânio foi decorrente de uma queda que o presidente sofreu no dia 19 de outubro. Na ocasião, Lula bateu a cabeça ao cair no banheiro de casa. À época, o acidente doméstico resultou apenas em alguns pontos, sem mais complicações.
Conforme explicou o médico responsável pelo presidente, o Dr. Roberto Kalil, na trepanação, a primeira cirurgia realizada para a drenagem do sangue, foram feitos pequenos orifícios no crânio onde inseriram drenos entre as duas lâminas da meninge, por onde saiu o sangue acumulado após a hemorragia. O especialista elucidou que os cortes foram pequenos e que a cicatrização deverá ser tranquila e espontânea, sem a necessidade de intervenções futuras.
O primeiro boletim médico divulgado após a cirurgia apontou que Lula reagiu bem ao procedimento, estava lúcido, acordado, se alimentando e se comunicando bem e não teve qualquer comprometimento cerebral. A expectativa é de que o presidente retorne às atividades já na próxima semana.
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