30 de agosto de 2024
Saindo do Japão • atualizado em 22/05/2023 às 14:11

Lula não descarta exploração de petróleo no Amazonas, após proibição do Ibama; entenda

De acordo com presidente, é possível reverter decisão por local de extração ser localizada a 500 km da foz do Rio Amazonas
Lula deu a declaração durante entrevista coletiva na saída de hotel em Hiroshima, no Japão. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Lula deu a declaração durante entrevista coletiva na saída de hotel em Hiroshima, no Japão. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Em uma de suas últimas entrevistas em Hiroshioma, no Japão, o presidente Lula afirmou que quer saber mais sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. De acordo com informações do jornalista Shinichiro Nakaba, em reportagem publicada pelo O Globo, o petista pretende analisar a proibição do Ibama quando voltar ao Brasil.

De acordo com Lula, por se tratar de um local a 500 km da Foz do Amazonas, se não prejudicar a natureza, pode ser revisto. Informação vem após o Ibama negar uma licença para a Petrobras perfurar um poço exploratório a cerca de 160 km da costa do Oiapoque (AP), no Amapá, e a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas, na última quarta-feira (17).

A fala de Lula ocorreu na saída de uma entrevista coletiva dada no hotel em que estava hospedado em Hiroshima, no Japão, onde participou da reunião do G7. “Se extrair petróleo da Foz do Amazonas, que é a 530 quilômetros do Amazonas, é em alto mar, se oferece problema para o Amazonas, certamente não será explorado. Mas eu acho que sim, porque é a 530 quilômetros da Amazônia. Eu vou conversar para saber”, disse o presidente.

Ainda durante a coletiva, o petista defendeu que os brasileiros que vivem no local têm direito de explorar a área para “sobreviver”.“Na Amazônia, moram 28 milhões de pessoas. E essas pessoas têm o direito de trabalhar, comer. Por isso, precisamos ter o direito de explorar a diversidade da Amazônia, para gerar empregos limpos, para que a Amazônia e a humanidade possam sobreviver”, disse.

A região, como ponderou Lula e a reportagem do O Globo, é sim considerada ambientalmente sensível por reunir grande quantidade de fauna e flora marinha, além de concentrar grande parte dos manguezais do país. Chamada de Fox do Amazonas, esse “território” aquático abrange quase todo o litoral norte, fazendo parte da Margem Equatorial, que vai até o Rio Grande do Norte, no Nordeste.

Sabe-se até o momento que a Petrobras deve recorrer da decisão do Ibama. Enquanto isso, situação gera tensão política, já que choca interesses com proteção ambiental. Lula da Silva retorna ao Brasil já nesta segunda-feira (22/05).

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