Em visita a Goiânia nesta sexta-feira (10), o ex-senador e vereador por São Paulo, Eduardo Suplicy (PT), avaliou o cenário político nacional em Goiás. De acordo com o político, Lula e Alckmin deverão trabalhar de forma estratégica para mudar o voto conservador no estado.
“Eu acho que o ex-presidente Lula e Geraldo Alckmin vão precisar colocar proposições, inclusive para o setor agropecuário, que façam sentido e bom senso, mas que leve em conta também os trabalhadores rurais”, destacou, em entrevista ao editor do Diário de Goiás, Domingos Ketelbey.
Para Suplicy, além do setor citado, o pré-candidato à Presidência da República deve abrir discussões a outras esferas no estado, que vão desde movimentos sociais às grandes empresas, para apresentar soluções que contribuam para o seu progresso.
“Lula está disposto a estar dialogando muito com os movimentos sociais que incluem, por exemplo, o MST, o movimento dos trabalhadores rurais, mas ele está disposto, também, a conversar com as organizações empresariais, inclusive dos agricultores e pecuaristas, para chegarem a soluções de consenso e que poderão melhorar muito a sua posição aqui”, pontuou o político.
Com relação às eleições estaduais, Suplicy, que se encontrou com a deputada estadual Adriana Accorsi, o vereador por Goiânia Mauro Rubem e demais lideranças do partido em audiência pública para tratar sobre a renda básica, na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), manifestou o seu apoio ao ex-reitor da Puc Goiás e pré-candidato ao Governo, Wolmir Amado: “Eu tive uma ótima relação com ele. Inclusive, gravei apoio a ele”, enfatizou.
Durante a entrevista, Eduardo Suplicy avaliou, ainda, a mudança de comportamento e posicionamento de Jair Bolsonaro, em especial com relação à democracia, paralela às eleições, visto que o atual presidente teria feito, nos últimos meses, repetidas investidas contra o sistema eleitoral brasileiro, com acusações sobre a confiabilidade do processo de voto.
“Ele está percebendo que os seus comentários, por vezes, para tentar minar a democracia e processo de eleições, não estão ecoando positivamente. Pelo contrário. Até mesmo ontem, em encontro com o presidente Biden, a conversa foi em um tom mais civilizado. Quando Biden disse que espera que a democracia funcione bem, não houve qualquer observação contrária por parte de Jair Bolsonaro”, relatou. “Ele afirmou que vai respeitar o resultado das eleições e eu quero transmitir que achei isso um passo positivo”, salientou, com a afirmativa de acreditar que as próximas eleições deverão ser “livres e diretas, com possibilidade de escolhas”.
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